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NOTÍCIA

Tanto o excesso quanto a privação de sono podem comprometer a saúde do cérebro, aponta estudo

Especialista aborda os fundamentos do equilíbrio do sono no desempenho cognitivo 

Data: Segunda-feira, 17/03/2025 15:40
Fonte: Da Assessoria

Dormir é algo primordial. Em uma era de hiperestímulos, entender a importância do sono deveria estar na lista de metas para 2025 – e para todos os anos. A quantidade de sono que uma pessoa dorme pode afetar diretamente sua saúde, como diz pesquisa recente, realizada por uma especialista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Assim como a privação do sono, o excesso do mesmo também está associado a um baixo desempenho cognitivo no futuro. 

A pesquisadora, Dra. Tamiris Amanda Rezende, da UFMG, fez uma tese analisando os impactos da duração do sono na saúde e no bem-estar cerebral. Os dados gerados revelaram que adultos que dormem menos de seis horas por noite apresentam um desempenho ruim em testes relacionados à memória e à capacidade de raciocínio. E, surpreendentemente, o resultado se repetiu para aqueles que dormem mais de oito horas. 

O estudo aponta que a falta de sono interfere diretamente na formação e na consolidação da memória, e o excesso dele prejudica a capacidade de aprendizado e a tomada de decisões, além de gerar distúrbios no ritmo biológico.  

Dormir e ter qualidade de sono é essencial à nossa sobrevivência. Por isso, a especialista explica que a duração ideal do sono pode variar de acordo com a faixa etária e as necessidades individuais, mas, de maneira geral, adultos devem buscar entre sete e oito horas de sono por noite, para manter o bem-estar cognitivo.

Conforto e bom ambiente de sono

Embora seja um processo muito complexo que, em parte, permanece em análise, sabe-se que o sono nos permite construir memórias e aprender, pois é durante o sono que processamos o que nos acontece durante o dia. E é ele que nos permite regular as nossas emoções, pois nos gera energia e espaço mental para processar informações emocionais – porque, acredite ou não, o sono é fundamental para a saúde física e psicológica.

De acordo com a pesquisadora, é preciso conciliar um bom tempo de sono com uma boa qualidade do mesmo, para melhorar seu estilo de vida e equilibrar melhor as demandas diárias que sobrecarregam o cérebro. Resumindo: o sono precisa ser reparador. Então, escolher um ambiente tranquilo, sem telas ou sem outro hiperestímulo – ao menos 20 minutos antes de deitar –, com um travesseiro e uma coberta ideal e sem mais distrações, é crucial para que o cérebro “desligue” e entre na fase profunda de descanso. Esse momento de repouso é necessário para a recuperação cognitiva e para ter ânimo ao encarar o dia seguinte. 

O impacto de uma boa noite de sono

Essas estratégias podem ajudar a melhorar a quantidade e a qualidade do nosso sono. Mas, muitas vezes, não são suficientes para resolver problemas relacionados a dormir. Nesse caso, é importante buscar ajuda o mais cedo possível de um especialista da área, para garantir seu futuro em termos de saúde física e psicológica, além do bem-estar diário.