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NOTÍCIA

Pedro Taques contém ímpeto de seu grupo para não antecipar debate sobre 2018

Hora é de concluir arrumação da casa

Data: Domingo, 30/07/2017 00:00
Fonte: OLHAR DIRETO/ Ronaldo Pacheco
 
 Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto
Pedro Taques teria incumbido alguns líderes, como Nilson Leitão, do PSDB, para conter o ímpeto dos afoitos

Pedro Taques teria incumbido alguns líderes, como Nilson Leitão, do PSDB, para conter o ímpeto dos afoitos

 

Desde que houve melhora na avaliação de seu governo e redução no seu índice de rejeição nas pesquisas de opinião pública mato-grossense, o governador José Pedro Taques (PSDB) tem praticado exercícios de paciência e liderança para evitar que alguns mais afoitos de seu grupo dêem início à discussão do processo eleitoral, neste momento. Nas últimas semanas, teve de ser mais enfático, porque entende que o debate sobre o processo sucessório de Mato Grosso deve ocorrer em julho ou agosto de 2018.

 
“Eu gosto de disputar eleição! Mas tudo tem seu momento e não é hora de falar disso [reeleição]. Percorremos metade do caminho [e do mandato], mas temos desafios imensuráveis pela frente, como ajuste fiscal e virar a chave da saúde”, avaliou o chefe do Poder Executivo. Ele crê que o equilíbrio de despesas e receitas será alcançado em fins de 2018, enquanto a consolidação da gestão da saúde deverá estar pronta no primeiro semestre do próximo ano.
 


“O momento exige concentração total na gestão e não é hora de falar disso [eleição]. Temos envidado esforços para concluir a arrumação da casa. Só Deus e nós sabemos como recebemos [o governo] e o que tivemos de fazer para assegurar o andamento normal dos serviços essenciais e honrar a folha de pagamento dos servidores”, emendou Taques.

 
Dois dos principais aliados do chefe do Poder Executivo, o presidente regional do PSDB, deputado federal Nilson Leitão, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (PSB), estão entre os responsáveis por conter os impetuosos. “É normal a reação de euforia, porque muita gente apanhou demais [em dois anos] e, agora, vê a melhora na avaliação do governo e deseja extravasar. Mas, sim, não é o mesmo momento”, ponderou Leitão.

 
Eduardo Botelho enxerga o governador como capaz de equacionar os problemas do Estado, inclusive do ajuste fiscal, e chegar forte em 2018. Por isso, ele acredita que a maioria da população compreendeu as medidas tomadas. “Certamente o pior [da crise financeira] já passou. Então, é hora de complementar a arrumação da casa. Vamos discutir eleições quando se aproximarem as convenções [agosto de 2018], que é o tempo certo deste tema”,  justificou Botelho.