Taques já autorizou a liberação de R$ 50 mi

O governador Pedro Taques e o prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, durante a inauguração do Hospital São Benedito

Em discurso durante a entrega do Hospital São Benedito na tarde de quinta-feira (30), o governador Pedro Taques (PDT) afirmou que a saúde pública será tratada como prioridade em seu mandato à frente do Palácio Paiaguás.

O pedetista assegurou que já autorizou a liberação de R$ 50 milhões para a construção do novo pronto-socorro de Cuiabá. O investimento total corresponde a R$ 100 milhões com o montante sendo dividido com a União e município.

“Nós assumidos o mandato preocupados com a saúde pública. Em 120 dias, que para muitos parecem quatro anos, já destinamos R$ 50 milhões para a construção do novo pronto-socorro”, revelou.

Taques também se comprometeu em auxiliar a prefeitura de Cuiabá disponibilizando os recursos necessários para que a linha de investimentos seja mantida na saúde pública.

“Nós faremos legalmente o repasse de R$ 2 milhões mensais para a manutenção do Hospital São Benedito. Sabemos que a saúde de Cuiabá atende quem mora em Colniza, Ouro Branco, Colíder, Sinop e diversos municípios do interior”.

Com o foco de manter a linha de investimentos na saúde pública, Taques anunciou que uma de suas prioridades é retomar as obras do Hospital Central paralisadas há mais de 30 anos.

“A primeira-dama Samira Martins e o secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, estão coordenando um trabalho de capacidade financeira para que tenhamos recursos financeiros e assim expandir ainda mais o acesso do cidadão carente do poder público e das modalidades de atendimento da saúde pública que são necessárias para o bem-estar social”.

Outro elemento que Taques considera importante para a saúde pública é pôr fim ao excesso de liminares concedidas pelo Judiciário que desequilibram a receita da secretária de Estado de Saúde. Conforme o governador, somente em 2014 o Estado gastou R$ 96 milhões de reais com procedimentos médicos e cirúrgicos autorizados por imposição de ordem judicial.

O gasto considerado excessivo está sendo apurado pela CGE (Controladoria Geral do Estado) e PGE (Procuradoria Geral do Estado). “Muitos não gostam de auditorias, tem medo, entendem que são desnecessárias. Minha gestão fará os levantamentos necessários para coibir todos os abusos que sangraram os cofres públicos do Estado”, disse.

Por outro lado, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), cobrou a participação do governo federal na manutenção do Hospital São Benedito. A unidade de saúde que entra em atividade somente daqui a 60 dias tem custo mensal estimado em R$ 7 milhões.

De acordo com o socialista, a divisão para o custeio ficou sendo 60% responsabilidade da União, 30% do Estado e apenas 10% do município. “Cuiabá não tem como custear sozinho este hospital. O Ministério da Saúde tem que comparecer com o custeio, conforme previamente agendado, para que possamos bancar mês a mês.”, ressaltou.

Mendes destacou que a principal responsabilidade do município era justamente executar a obra de revitalização e ampliação da unidade de saúde. Além disso, atribuiu para si a responsabilidade de custear somente o primeiro mês de atividades do hospital. “Na verdade, nenhum município tem condições de bancar sozinho um hospital deste porte. A regra no Brasil é que quem financia a saúde, principalmente a de alta complexidade, é o Fundo Nacional de Saúde, que está nas mãos do governo federal”, assinalou.

O Hospital São Benedito ocupa a área do antigo Hospital das Clínicas, na Avenida São Sebastião, nas proximidades do bairro Santa Helena. No total, são 90 leitos comuns, 30 de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e quatro salas de cirurgia. A unidade será referência em cirurgias e tem capacidade de realizar 500 procedimentos ao mês.