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Aripuanã terá visita do recordista Mundial de Salto em Queda Livre com Caiaque em Cachoeira

Data: Quinta-feira, 01/04/2010 00:00
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Fonte:radiotucunare

Pedro Oliva Criscuolo, 24 anos, de São José dos Campos/SP, é kayaker extreme. Sua vida dinâmica é recheada de aventuras e grandes emoções. O esporte é combustível para a sua vida. O Esportista conseguiu um feito inédito no ano passado, descer uma cachoeira de 39 metros em um caiaque! O desafio foi enfrentado no Rio Sacre, na cidade de Campo Novo do Parecis/MT, gerando incríveis imagens desta aventura e um recorde mundial de queda livre em um caiaque.

As belas imagens de Mato Grosso foram mostradas pela Rede Globo, no Programa Domingão do Faustão em setembro de 2009, e posteriormente para outros países onde eles estiveram apresentando o feito. Mais não durou muito e um americano conseguiu quebrar o recorde deles no estado de Washington/EUA e agora retornam para Mato Grosso em busca de novas cachoeiras para novamente repetirem o feito.

Pedro Oliva e sua equipe formada pelo fotógrafo e cinegrafista Cauê, de São Paulo, e dois Americanos Benjamin Stookesberry e Christopher Korbulic passaram por Juara nessa terça-feira, 30 de março. Eles estão à procura das maiores cachoeiras que existem no mundo para a prática do Caiaque.

Há quatro anos eles vêm fazendo expedições, um verdadeiro pente fino nos estados por onde passaram, como São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Santa Catarina e Mato Grosso. Eles viram no Mato Grosso um grande potencial de cachoeiras, principalmente nas cidades de Aripuanã, Juruena, Juína e Juara.

A reportagem da Rádio Tucunaré entrevistou Pedro Oliva as margens do Rio dos Peixes, na estrada que liga Juara ao Distrito de Paranorte. Ele declarou que tem por objetivo recuperar o record mundial que foi quebrado, porém não pretende desafiar a natureza, mas sim interagir e respeitá-la.

Ele e sua equipe descem uma cachoeira a cada quatro dias em média e o objetivo maior é interagir com a comunidade local, indígenas, fazendeiros e autoridades. Tiveram um desenvolvimento técnico esportivo muito grande nesse longo período e destaca que está sendo muito prazeroso entrar em áreas indígenas, conhecer caciques, conversar, pedir autorização, conhecer fazendas, andar com eles e muito mais.

O esportista realizou essa maratona de viagens nos últimos anos sem nenhum patrocínio, por esporte e paixão pela natureza, mas nesse ano a viagem está sendo financiada pelo canal pago Multishow onde suas imagens se transformarão em um programa denominado Expedição Caiaque, com 13 episódios, e que irão ao ar a partir de maio deste ano.

Além do canal da GLOBOSAT, o grupo é patrocinado pela Red Nose, criada no Brasil em 1996, e desenvolvida para estar totalmente envolvida com esportes radicais, criando o conceito XTREME, além da conhecida Red Power dos EUA.

Em sua entrevista a Rádio Tucunaré, o Kayaker declarou que diferente do futebol e outros esportes de massa, os recursos que possuem são limitados, até porque o mercado comercial é pequeno e tem uma visão diferente desses outros esportes, mesmo assim eles começaram por amor ao esporte e hoje o caiaque é a profissão e o que os sustenta.

Perguntado sobre sua viagem até o momento, Pedro disse que tem sido agradável conhecer o Mato Grosso, pois muito se fala em São Paulo que no Mato Grosso é uma coisa e ao chegar aqui à realidade é outra bem diferente, in loco eles percebem que é mais estruturado e diferente do que é pregado pelas grandes emissoras do país.

Ao longo de sua jornada, eles estão conseguindo grandes parcerias com fazendeiros e o resultado é uma visão muito positiva da natureza, comunidade, política e outros de nosso estado. "Quando você vem pra cá é outra história, aqui agente dorme com carro aberto nas estradas e é muito mais seguro, menos problemas e riscos de assalto do que no Rio de Janeiro e em São Paulo", declarou ele a Rádio Tucunaré.

No roteiro de viagem está a cidade de Aripuanã onde irão conhecer as belas cachoeiras e as hidrelétricas que estão sendo construídas, aprendendo dessa forma sobre a geração de energia com fluxo de água. Em seguida seguirão para a divisa de Mato Grosso com o estado do Pará onde esperam encontrar alguns rios e cachoeiras diferentes das encontradas aqui, com quedas livres mais limpas onde tentarão quebrar o recorde novamente. Já viajaram 20 dias e ainda vão percorrer 23 dias por matas fechadas, estradas ruins e muita aventura pela frente.