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Países de língua portuguesa pedem força da ONU em Guiné-Bissau

Guineenses que moram em Cabo Verde durante manifestação para pedir volta à paz em Guiné-Bissau

Data: Sexta-feira, 20/04/2012 00:00
Fonte: DA FRANCE PRESSE, EM NOVA YORK

Os países de língua portuguesa pediram nesta quinta-feira ao Conselho de Segurança da ONU o envio de uma "força de manutenção da paz" a Guiné-Bissau.

 

Falando em nome da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), o ministro das Relações Exteriores angolano, George Rebelo Chikoti, pediu ao Conselho que "contemple a adoção de medidas tendo por objetivo restabelecer a ordem constitucional e obtenha a libertação sem condições dos dirigentes presos."

 

Ele solicitou a criação de uma "força de manutenção da paz para a Guiné-Bissau", assim como sanções para pressionar os golpistas que efetuaram o golpe de Estado de 12 de abril.

 

"O tempo urge e não podemos nos permitir esperar e deixar a população sofrer à mercê do poder militar", acrescentou o ministro angolano.

 

Durante uma reunião em Lisboa no último sábado (14), os representantes dos países lusófonos decidiram "tomar a iniciativa de (...) formar uma força de interposição na Guiné-Bissau, com um mandato definido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas".

 

Essa mobilização deverá ser feita em coordenação com a Comunidade Econômica dos Estados de África do Oeste, com a União Africana e com a União Europeia, indicava o texto adotado pelos países membros da CPLP.

 

Uma semana depois de seu golpe de Estado, o Exército guineense ordenou nesta quinta-feira a reabertura das fronteiras, ao indicar uma vontade de normalização no dia seguinte a um acordo de transição concluído com os principais partidos da antiga oposição. O pacto prevê a realização de eleições em dois anos.