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O futuro já é hoje

Data: Quinta-feira, 27/03/2014 00:00
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            Tenho escrito com frequência neste espaço sobre a necessidade de se ter planejamento governamental para o futuro de Mato Grosso. Tomo a liberdade de copiar trecho do artigo de Edeon Vaz Ferreira, diretor do Movimento Prologística de Mato Grosso, entre outras funções na mesma área, publicado na última sexta-feira: “Mato Grosso é um dos principais produtores agrícolas do país, sendo o 1º produtor de soja, o 1º de algodão, o 2º de milho e o 1º de gado de corte, assim, tem sua economia baseada essencialmente na produção agrícola. Nesta safra de 2013/2014 plantou 8,2 milhões de ha de soja e deve colher 26,0 milhões de toneladas de grãos. No milho deve plantar 3,2 milhões de ha e colher 17,0 milhões de toneladas. Escoar esta produção é uma das tarefas que exige infraestrutura de rodovias, ferrovias, hidrovias, estações de transbordo de cargas, tira-se dos caminhões e carregam-se as barcaças nos rios, e terminais portuários, com carregamento dos navios”.


            A produção agrícola tomou força mesmo em 1994 com uma produção de 3 milhões de toneladas de grãos. Para as atuais 39 milhões, foi uma caminhada de 20 anos, representando uma diferença de 36 milhões de toneladas de grãos. Elas foram aumentando ano após ano, até chegar aqui e ainda vão aumentar muito mais. O IMEA – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, prevê 68 milhões de toneladas na safra 2021/2013, daqui a sete anos. Amanhã, portanto.


            Pra não espichar muito a conversa e aproveitando a deixa do meu amigo Edeon Vaz Ferreira, cito três áreas que serão profundamente estratégicas para esse futuro que chegará amanhã: infraestrutura, educação de qualificação de recursos humanos para um perfil econômico profundamente tecnológico, e uma política industrial para que a produção seja transformada no estado, gerando melhores empregos, impostos e deixando valor econômico agregado aqui mesmo.


            Na verdade, tudo isso traduzido, significa falar em planejamento. E planejar é uma cultura que se perdeu no Brasil desde a Constituição de 1988 lá, e da nossa aqui de 1989. Voltarei ao assunto.


Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

[email protected]    www.onofreribeiro.com.br



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