Ronaldinho entrou em campo sob pressão para o duelo do Flamengo contra o Real Potosí, nesta quarta-feira. Após a vitória por 2 a 0 no Estádio do Engenhão, viu a vaga na Copa Libertadores da América 2012 se tornar realidade, e as vaias nas arquibancadas virarem homenagens. Antes questionado pela própria torcida, o camisa 10 virou o jogo e cobrou apoio dos dirigentes.
Na saída do gramado, o meia-atacante flamenguista comemorou a contratação de Vagner Love para reforçar o setor. Mas não perdeu a chance de alfinetar os dirigentes diante do atraso de pagamentos.
"É isso que o Flamengo precisa: trazer grandes jogadores, para ficar ainda mais forte e fazer a torcida vir ao estádio, para (o clube) ter dinheiro para honrar seus compromissos", declarou, alfinetando ainda o atraso dos pagamentos aos jogadores - o atacante Deivid, por exemplo, não recebe direitos de imagem há 19 meses.
"Conseguir a vaga na Libertadores era o objetivo de todo ano. Queríamos voltar a colocar o Flamengo na Libertadores. A sensação é de dever cumprido", declarou. "Agora chega o Vagner Love para tornar o Flamengo ainda mais forte", completou.
Na saída do gramado, o clima era de tranquilidade e os jogadores trocaram abraços e comemorações. O diretor de futebol Luiz Augusto Veloso, ex-presidente do clube, deu um abraço em Ronaldinho e fez questão de fazer festa para esfriar o clima de tensão.
Garantido no Grupo 2 da Libertadores da América, o Flamengo tem pela frente agora Olímpia (Paraguai), Emelec (Equador) e Lanús (Argentina). A estreia rubro-negra será no dia 15, contra os argentinos, na casa dos adversários.