Partidos “costuram” união para acabar com feudo dos Henry e dos Fontes

Um grupo de sete partidos costura uma união visando às eleições municipais de outubro em Cáceres. Liderados pelo PSB, PPS e PDT a proposta é formar uma “frente de independência” para eleger o futuro prefeito de Cáceres e acabar com a alternância de poder entre as famílias Fontes e Henry. “A ideia e formar um grupo independente e vencer as eleições, para a retomada do desenvolvimento do município” assinala o presidente e pré-candidato do PSB, um dos líderes do movimento, José Roberto Alvares. Com a proposta de mudança, além do PSB, PPS e PDT, o bloco conta ainda com o PMDB, PR, PTC e PSD. Todos manifestam interesse e aprovação ao sentimento de mudança.

“A população tem que se conscientizar que é hora de renovação” assinala Alvares explicando que, o objetivo é fortalecer a frente, com pessoas comprometidas com o desenvolvimento. E, desse grupo, escolher como candidato o que estiver em melhores condições nas pesquisas de opinião pública. José Roberto garante que não tem vaidade. “Eu não tenho vaidade pessoal em exigir para ser o candidato. Defendo a mudança para melhoria e desenvolvimento da cidade. Se houver um consenso, não vou furtar dessa responsabilidade. Caso contrário, estou pronto a apoiar quem foi o escolhido” ressaltou.

Presidente e pré-candidato do PPS, o empresário Geraldo Leão, também adotou a linha de renovação. “Somos conscientes de que só através de renovação poderemos retomar o caminho do desenvolvimento” afirmou assinalando que, há algum tempo o PPS vem promovendo cursos e reuniões com lideranças políticas e comunitárias, visando a preparação e conscientização da população sobre as eleições e a necessidade de mudar o atual cenário político de Cáceres.

Apesar de favorável a união dos partidos, o presidente do PDT, que ainda integra a administração municipal, se manifestou de forma cautelosa. “Nada impede que o PDT esteja conversando com os demais partidos para um projeto de desenvolvimento de Cáceres” salientou o advogado Ricardo Quidá, que ocupa o cargo de procurador do município.

Mesmo sendo vice-prefeito, o pré-candidato do PDT, Wilson Kishi, também defende a mudança. “Sou totalmente favorável a renovação” disse explicando que  “sinto-me no direito de pleitear uma candidatura a prefeito, principalmente, levando em conta a minha história política” afirmou Kishi, lembrando que foi vereador por cinco mandatos, suplente de deputado e atualmente ocupa a função de vice-prefeito. No entanto, segundo ele, não vê dificuldade em recuar e apoiar o nome que estiver melhor aceitação popular.

Pré-candidato do PSDB, o empresário e ex-secretário de Obras, José Eduardo Torres, disse que embora esteja recebendo apoio de várias classes, principalmente, de pecuaristas, defende a união. E, a exemplo dos demais, disse que está disposto a retirar sua candidatura se, futuramente, não estiver bem na preferência do eleitorado. Representante do PMDB, o empresário Walter Zakarkim, afirmou que o partido dispõe de dois pré-candidatos – Tato Giraldelli e Adriano Silva. Contudo, segundo ele, defende uma conversação no sentido de apoiar quem estiver em melhores condições. Presidente do PSD, vereador Antônio Salvador, destacou que o partido ainda não definiu candidatura e que, também acha interessante a iniciativa.

O empresário Moacir Barbosa Neto, um dos líderes do PSB, que também integra o staff do prefeito Túlio Fontes, na secretaria de Indústria e Comércio, garantiu que deixará a administração nos próximos dias. “Até o dia 20 de fevereiro estarei deixando a administração”, avisou. Já o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Tarcísio Paulino, disse que a sua questão é de cunho pessoal e não partidária. E, que no momento oportuno decide se deixa o partido ou permanece na administração.