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NOTÍCIA

Acusado pela PF, Luizinho diz ser vítima de calúnia

Data: Sábado, 21/01/2012 00:00
Fonte: FERNANDO DUARTE/ DIARIO DE CUIABA

O deputado estadual Luizinho Magalhães (PSD) garante ser vítima de calúnia quanto ao inquérito da Polícia Federal que aponta captação ilícita de votos, com descoberta de tickets de combustíveis no seu comitê de campanha de 2010.

Em entrevista ontem, ele contou que não tinha recursos para a eleição passada, fazendo um pleito baseado em pedir votos “de porta em porta”. O inquérito está em posse do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Para ele, “algumas pessoas” arquitetaram prejudicar a sua imagem, já que não teria dinheiro para financiar essa irregularidade, dependendo de apoio de pessoas que confiam no seu trabalho. Na campanha passada, disputando o cargo pelo Partido Progressista (PP), Luizinho Magalhães obteve 16.558 votos.

Conforme informação do Tribunal Regional Eleitoral, o inquérito concluído pela Polícia Federal está de posse do membro do Pleno, André Posetti, que deve remeter o procurador Thiago Lemos de Andrade.

No inquérito consta a declaração de agentes em Rondonópolis (distante 212 quilômetros de Cuiabá) que teriam se deparado com a irregularidade, inclusive prendendo dois integrantes do comitê do deputado Luizinho. “Eu nem tinha um comitê no município”, reforçou o parlamentar do PSD.

Sem citar nomes, o parlamentar rebate as informações, apesar de dizer que não teve acesso ao inquérito e o que sabe é a informação divulgada pela imprensa. “Em 2010, fui muito prejudicado. Disseram na época que eu tinha sido até preso para prejudicar a minha campanha”, argumentou.

Magalhães diz que tem um passado limpo, destacando que desde 2004, quando era vereador, não há nada contra ele. “Não tiver dinheiro em Rondonópolis, não tinha recursos para fazer o que estão me acusando”.

O deputado, porém, afirma acreditar na Justiça e que todas as acusações mostram abuso de poder. “Dizem que só na política é que há corrupção, mas em outros setores também existe”, destacou o deputado, novamente, sem citar quais setores são esses que se apresentam como corruptos.

Ele lembra haver, em 2010, aproximadamente 800 veículos na campanha, mas somente 50 deles foram investigados. “E por que só isso? Tem várias denúncias, mas só alguns viram processos eleitorais”, concluiu.