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NOTÍCIA

Site diz que deputados querem "cabeça" de Eder

Data: Quarta-feira, 18/01/2012 00:00
Fonte: Midia News

O site O Documento, de Cuiabá, publicou reportagem de bastidores sobre uma articulação para tentar afastar o presidente da Secopa, Eder Moraes, do cargo. Segundo reportagem, 18 deputados e familiares do governador Silval Barbosa (PMDB) estariam insatisfeitos com o desgaste gerado por ele.

Confira a íntegra da reportagem publicada pelo site:

Familiares de Silval e deputados pedem exoneração de Éder Moraes da Secopa

Após enfrentar sucessivas crises políticas, administrativas e de imagem em 2011, o secretário extraordinário da Copa (Secopa), executivo Éder Moraes, se depara com o maior desafio da vida dele: contornar a insatisfação de familiares do governador Silval Barbosa (PMDB) e também de um grupo de 18 deputados estaduais. Os dois lados desejam a demissão imediata de Éder Moraes do comando da pasta que administrará cerca de R$ 4 bilhões em investimentos para a Copa do Mundo que terá Cuiabá como uma das sedes em 2014.

A "ficha corrida" de problemas do gerente de banco que se transformou num dos homens mais fortes do palácio Paiaguás é extensa. Diante dos últimos escândalos envolvendo o economista Éder, tanto na Sefaz, Casa Civil, como também, na antiga Agecopa, elevaram as críticas da sociedade civil e a opinião pública, no geral, em relação a liderança do governador Silval a frente da máquina estatal.

"O Éder tem colocado o Silval na contra-mão do povo. Isso tem irritado a família direta do governador. Hoje ele encontra um movimento familiar e também político pela sua saída", revelou uma fonte com exclusividade ao site O Documento.

Os fatos registrados nos últimos anos, desde a era Maggi, até a gestão Silval, são fortes contra Éder. Na titularidade da secretaria de Fazenda, Éder comandou o maior "massacre" fiscal contra o setor empresarial de Mato Grosso além de ter efetuado o pagamento de juros suspeitos para construtoras e emitido cartas de crédito que teriam provocado um rombo milionários aos cofres do Estado. Na Casa Civil, Moraes não fugiu a regra e tentou "peitar" a Assembléia Legislativa, dessa forma, abrindo uma crise sem precedência entre os poderes executivo e legislativo.

Remanejado para antiga Agecopa, mais uma vez Éder entrou em rota de colisão com a maioria dos diretores da então autarquia e expôs o governador ao julgamento popular. Resultado. Numa atitude inusitada, Silval extinguiu a Agecopa, demitiu diretores e confirmou Moraes como titular da nova secretaria extraordinária da Copa.

Quando tudo parecia resolvido, surgiu um novo escândalo. Novamente o executivo Éder apareceu no olho do furacão ao autorizar a compra de 10 veículos importados, com o pretexto de patrulhar a fronteira Brasil-Bolívia, pelo "explosivo" valor de R$ 14 milhões.

Ao transformar a gestão do atual governador Silval em um verdadeiro mar de lama, o resultado alcançado por Éder não poderia ser outro como insatisfação popular, revolta da família Barbosa e sérios problemas com o Ministério Público Estadual. "Os parentes do governador estão muito chateados e querem a cabeça do Éder. Ninguém mais suporta ver o Silval acumulando desgastes pelas papagiadas de Éder", finalizou.

Assembleia

Tão logo a Assembleia Legislativa retorne do recesso parlamentar em fevereiro, um grupo de parlamentar oficializará o pedido de demissão de Éder Moraes ao governador Silval Barbosa. O grupo é liderado pelos deputados estaduais Percival Muniz (PPS) e também Luciane Bezerra (PSB).