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NOTÍCIA

Ibama aplica multa de R$ 3.000 a mulher que agrediu yorkshire

Data: Quarta-feira, 21/12/2011 00:00
Fonte: JEAN-PHILIP STRUCK/ Folha de SP

A enfermeira Camila de Moura, 22, suspeita de arremessar e matar um cão da raça yorkshire foi multada em R$ 3.000 pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) por maus-tratos contra um animal. As agressões, que aconteceram em novembro, foram filmadas e ganharam notoriedade na semana passada, quando acabaram sendo divulgadas na internet.

Segundo o órgão, a multa foi entregue à enfermeira durante a manhã, enquanto ela prestava depoimento numa delegacia de Formosa (GO), onde um inquérito por maus-tratos foi aberto.

Ainda de acordo com o Ibama, o valor aplicado foi o máximo previsto para casos de maus-tratos a animais domésticos. Moura tem até 20 dias para apresentar sua defesa.

Caso escolha pagar a multa, ela poderá conseguir um desconto de 30% no valor total. Se resolver apelar da multa, o processo administrativo por crime ambiental, que independe do resultado da investigação policial, será novamente analisado pelo órgão.

Hoje, após prestar depoimento, a enfermeira falou pela primeira vez à imprensa e disse estar "arrependida".

"Foi um fato isolado. Aquele dia eu cheguei em casa nervosa. A cachorrinha tinha feito xixi e cocô em tudo, em cima do ar-condicionado. Não tive noção do que estava fazendo", disse Moura em entrevista a TVs locais.

Segundo a polícia, por causa das agressões, Moura pode responder por maus-tratos e por expor uma criança ao constrangimento --as agressões foram testemunhadas pela filha de dois anos da enfermeira.

Após a divulgação do vídeo, no dia 15 de dezembro, as agressões provocaram uma avalanche de mensagens de repúdio em redes sociais. Algumas delas, bastante agressivas, divulgaram dados pessoais, incluindo o telefone e endereço da mulher.

Outras mensagens, que incluíam petições on-line, pediram a cassação do seu registro de enfermeira junto ao Coren de Goiás (Conselho Regional de Enfermagem).

Na tarde de hoje, o conselho divulgou nota em seu site afirmando que lamenta as agressões contra o animal. No entanto, a entidade afirma que não pretende abrir investigação contra a enfermeira.

"O campo de atuação de investigação e qualquer tipo de punição por parte do Coren Goiás estão estritamente ligados a infração cometida no exercício profissional", diz a nota.