O presidente do Partido Democrático Trabalhista de Mato Grosso (PDT/MT), deputado estadual Zeca Viana (PDT) participou, hoje, da reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, em Brasília, na qual o ministro Carlos Lupi - presidente licenciado do PDT - prestou depoimento sobre denúncias de irregularidades sob o Ministério do Trabalho e Emprego.
Convidado pelos senadores Cristóvam Buarque (PDT-DF), Acir Gurgacz (PDT-RO) e o mato-grossense, Pedro Taques, Zeca Viana considerou o ministro aparentemente seguro durante as respostas aos questionamentos feitos pelos senadores. "Contudo", defende, "os assuntos mais delicados que foram levantados durante o depoimento, como o empréstimo de um jatinho feito pelo diretor de uma ONG beneficiada pelo ministério, não foram devidamente esclarecidos", falou Viana.
Zeca Viana defende que pela coerência partidária - que luta pelo combate à corrupção - o ministro já deveria ter se afastado do cargo para que as investigações sejam feitas de forma transparente. "A situação do ministro Lupi se tornou insustentável no governo e dentro do PDT. A permanência dele causa um desconforto ao partido. É por isso que defendemos [se referindo aos senadores pedetistas] o afastamento para as investigações", disse Viana.
Zeca acrescenta que a persistência do ministro em se manter à frente do ministério causa desgaste ao partido. "O mais sensato seria ter se afastado desde o início. E hoje não tem mais sentido a permanência no cargo".
Em relação à proposta do senador Cristóvam Buarque de que o PDT deve devolver o ministério à presidente Dilma Roussef (PT) para que analise se a pasta deva permanecer com o partido, Zeca Viana disse ser contrário poos é "um setor muito importante para a população e o PDT pode e deve dar sua contribuição ao Governo fazendo um bom trabalho nesta pasta. Mas não vamos nos ater a cargos e nem ter apego, o momento agora é de investigar e esclarecer as denúncias".