Fonte:odocumento
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) realiza de 08 a 10 de junho, no Parque Estadual Mãe Bonifácia, a Semana do Meio Ambiente. Esta será a sexta edição do evento e terá como temas a importância da Biodiversidade e os desafios do Consumo Consciente. Durante a abertura do evento no dia 08.05, às 8 horas, no Salão Nobre “Cloves Vettorato”, no Palácio Paiaguás, com a presença do governador Silval Barbosa e do secretário de Estado do Meio Ambiente, Alexander Torres Maia, serão realizadas duas Conferências sobre os temas foco da Semana do Meio Ambiente, com Miguel Serediuk Milano e Paula Gabriela Freitas, do Instituto ICLEI. Na parte da tarde a programação segue no Parque Estadual Mãe Bonifácia.
Além de conferências, palestras, mesas redondas, mostra de projetos e publicações científicas, a Semana do Meio Ambiente terá uma intensa programação cultural e, no dia 10.05, encerrando as comemoração da Semana do Meio Ambiente, o Governo do Estado, por meio da Sema, assinará o Termo de Cooperação Técnica com prefeituras, Ministério Público e a Ong TNC, visando o Enquadramento e a Regularização Socioambiental das Propriedades Rurais e o Termo de Adesão ao Termo de Parceria do Projeto Vale Luz com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Caixa Econômica Federal.
Para a superintendente de Educação Ambiental da Sema, Vânia Márcia Montalvão Guedes, a Semana do Meio Ambiente é um espaço de comunicação entre o poder público e a sociedade civil. “Nesse espaço, estaremos mostrando o resultado dos esforços já empreendidos visando proporcionar mudanças de comportamentos que levam a atitudes ambientais corretas”. Para isso, o evento está sendo organizado em torno de atividades que vão envolver não só os servidores da Sema mas também a comunidade de uma forma geral, em especial as crianças e adolescentes.
“Estaremos oferecendo aos participantes momentos que levem a reflexão sobre os pricipais atores e fatores responsáveis pelos impactos ambientais e mostrando como o Governo, Ong’s, empresas, instituições de ensino e outros atores estão enfrentando essas realidades e formas de gestão para mitigação desses impactos”, explicou.
O evento que terá como um de seus focos a importância da biodiversidade, acompanha as discusões internacionais em torno do assunto e, reconhece este ano como o Ano Internacional da Biodiversidade, como declarou a ONU e, traz também em pauta o consumo consciente que será abordado por meio da apresentação de experiências positivas implementadas por empresas de âmbito nacional e local. “Queremos que a comunidade tenha o conhecimento da existência de esforços concretos na adoção de comportamentos e atitudes ambientalmente corretas”.
O evento está direcionado aos servidores da Sema, estudantes e a comunidade em geral, informando sobre vários temas ligados a efetivação da política ambiental em prol da biodiversidade e do consumo consciente. “Nossa intenção é de que todos possam assumir esses compromissos de forma individual e coletiva, adotando as boas práticas no nosso dia-a-dia”, saltientou Vania Márcia.
O evento está sendo organizado pela Sema e todas as superintendencias do órgão – de Educação Ambiental; de IndÚstria, Mineração e Serviços; de Gestão Florestal; de Biodiversidade; de Monitoramento de Indicadores Ambientais; de Fiscalização e Núcleo Ambiental; em parceria com os conselhos estaduais de Meio Ambiente (Consema) e Recursos Hídricos (Cehidro), Secretarias de Estado de Educação, de Comunicação Social e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), além de empresas privadas.
BIODIVERSIDADE
A biodiversidade é um bem público global como foi reconhecido há 20 anos pela Convenção sobre a Biodiversidade (CDB). A convenção tinha como objetivos a diversidade biológica, sua utilização sustentável e a partilha justa e proporcional dos benefícios associados ao uso dos recursos genéticos.
Nos últimos anos a prioridade das ações se voltaram para a redução do ritmo de perda da biodiversidade. Entretanto, se por um lado chegou-se a compreensão de que a política de uso e ocupação estabelecidos pelo homem para atender suas necessidades de consumo de recursos naturais tem gerado pressões significativas no meio ambiente, chegou-se também a compreensão de que existe um limite para os danos que o homem pode infringir ao meio ambiente, ou seja, a Terra está evoluindo para um estado onde ela poderá não se recuperar mais.
Foi nesse contexto que a Assembleia Geral das Nações Unidas (AIB) declarou o ano de 2010 como Ano Internacional da Biodiversidade, com o propósito de aumentar a consciência sobre a importância da preservação da biodiversidade em todo o mundo para a continuidade da vida na Terra, visando identificar e combater as ameaças subjacentes.
Na verdade, trata-se de uma campanha global instituída para fomentar medidas de proteção da biodiversidade em todo o mundo, um momento que deve ser encarado como um marco significativo, cujo êxito depende de medidas inspiradoras em todos os setores a nível mundial.
CONSUMO CONSCIENTE
A ideia básica do consumo consciente é transformar o ato de consumo em uma prática permanente de cidadania. O objetivo de consumo, quando consciente, extrapola o atendimento de necessidades individuais. Leva em conta também seus reflexos na sociedade, economia e meio ambiente, que podem ser positivos ou negativos.
Ao comprar produtos de uma empresa que utiliza trabalho escravo, por exemplo, o consumidor financia essa prática abominável. Por outro lado, se comprar alimentos orgânicos ou de comércio justo, contribuirá com setor da economia que não utiliza substâncias tóxicas em sua produção e que não agride o meio ambiente.
Aquela velha prática de “lavar as mãos”, de encontrar um culpado pelas mazelas do mundo, é inválida no consumo consciente. Se algo está errado, todos têm uma parcela de responsabilidade.
A escassez de recursos naturais, nesse sentido, não pode ser atribuída somente às empresas, pois foram os consumidores que financiaram sua exploração.
Por isso, é fundamental estar bem informado sobre os produtos e serviços que serão adquiridos ou contratados. O poder de transformação social está nas mãos dos consumidores, e cabe a eles escolher como fornecedoras empresas éticas, que respeitam os direitos humanos e os limites naturais do planeta.