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NOTÍCIA

Servidores da Sema e policiais cobram reestruturação de carreiras

Data: Quarta-feira, 17/08/2011 00:00
Fonte: Odocumento

Representantes de servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e da Polícia Civil, entre escrivães e investigadores, estiveram na tarde desta terça-feira (16.08) em uma mobilização na Assembleia Legislativa. Eles cobram uma ação efetiva por parte do Governo do Estado com relação à reestruturação das carreiras, já que na semana passada as negociações foram retomadas após intermediação dos deputados estaduais.

O presidente da Casa de Leis, deputado José Riva, recebeu uma comissão de cada categoria. Uma das situações apresentadas foi dos servidores da Sema que, após a abertura do diálogo com o Governo na semana passada, suspenderam a greve. Porém, alguns deles tiveram cortes nos salários entre os dias 25 de julho e 8 de agosto, período que a greve foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça. “No entanto, entramos com uma liminar contra essa decisão que ainda não foi julgada. Viemos pedir um socorro porque têm servidores sendo perseguidos, cortaram parte dos salários e da verba indenizatória, além da dificuldade de tirarmos férias. Não vamos aceitar este tipo de desmando e categoria descontente não produz a conteto”, declarou o presidente do Sindicato dos Servidores da Sema, Murilo Colvezzi.

Na oportunidade, o deputado Riva telefonou para o secretário da pasta, Alexander Maia. O gestor alegou que o pagamento de verba indenizatória para o mês de agosto está resolvido e que referente a julho está em negociação. Sobre a portaria com a determinação de os servidores não terem férias, disse que é flexível, uma vez que, neste momento, precisam de um “mutirão” para a liberação de licenças e planos de manejo. O objetivo é não acarretar mais prejuízos para a economia do estado.

“O secretário explicou que a necessidade de justificar as férias é por conta de termos que fazer, urgentemente, uma força-tarefa e, neste sentido, concordo com ele. Estive em Aripuanã ontem e 60% da cidade está parada. Um proprietário de uma madeireira, por exemplo, demitiu 260 dos 300 funcionários que tinham porque não conseguiu as licenças que precisava para continuar em funcionamento. Por outro lado, não acho que é justo o corte de salários, até porque, se amanhã ou depois, o ganho de causa for dos servidores, o Governo terá que pagar”, ponderou Riva.

POLÍCIA CIVIL – Outras categorias que mobilizaram o Poder Legislativo nesta terça foi a dos investigadores e escrivães da Polícia Civil, que ainda mantêm a greve ao reivindicar a equiparação dos salários diante da exigência de curso superior para ingressar nas carreiras. “Retornamos o diálogo com o governo e o secretário de Administração, César Zílio, ficou de estudar o impacto da folha de uma proposta. Estamos aguardando o retorno”. O deputado José Riva também conversou por telefone com o Zílio, que garantiu ter os estudos do impacto financeiro até sexta-feira (19.08) para discutir com os policiais.

CONVOCAÇÃO – O deputado José Riva anunciou que vai convocar, em nome da Comissão de Fiscalização Orçamentária, o secretário de Fazenda, Edmilson dos Santos, com a presença de representantes dos Tribunais de Contas e de Justiça, para fazer uma apresentação da evolução da receita deste ano. Pois, há informação de queda na receita do Estado. “Vamos averiguar o que está acontecendo”, concluiu Riva.