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Substitutivo amplia medidas de segurança para evitar “saidinhas de banco”

Data: Terça-feira, 11/05/2010 00:00
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Medidas para conter as “saidinhas de banco”, assaltos cometidos com informações de olheiros depois de saques em agências bancárias, foram propostas pelo deputado estadual Dilceu Dal’Bosco (DEM) em um Substitutivo Integral, apresentado esta semana.

A matéria complementa o projeto de lei apresentado pelo democrata em junho de 2009, que obriga a instalação de divisórias (biombos) ou estruturas similares, de forma a garantir a privacidade visual dos clientes que estão nos caixas, isolando-os em relação à operacionalização dos serviços bancários. Para facilitar a vigilância privada, é sugerida a fixação de cabines elevadas, ampliando o ângulo de visão para todo interior da agência.

“Nossa intenção é ampliar a segurança nos bancos e correspondentes, já que hoje a única medida existente é a presença de guardas armados, que zelam apenas pelo patrimônio da instituição, esquecendo-se de seus usuários”, ponderou.

Além da implantação dos biombos, o substitutivo acrescenta a proibição de telefone celular e rádio de comunicação no interior dos bancos. Ficando as instituições, obrigadas a afixarem cartazes com a proibição, sob pena multas.

Uma terceira medida também é acrescentada à lei, obrigando a fixação de câmeras de monitoramento no lado externo de suas agências.

“Reunimos nessa proposta, medidas que já foram adotadas, com sucesso, em algumas capitais brasileiras. A proibição do uso de celular, por exemplo, evita que os olheiros repassem informações a seus comparsas. E a implantação de câmeras facilita a investigação e identificação de autores dos crimes no entorno das agências”, defendeu o Dal’Bosco, ao lembrar que as imagens podem ajudar, inclusive, nos assaltos a banco, que se tornaram comuns nas cidades do interior de Mato Grosso, exemplo dos incidentes ocorridos em Aripuanã, Canarana e Nova Mutum.

VIOLÊNCIA - Estatísticas apontam um aumento em 100% desse tipo de assalto nos últimos anos, onde os bandidos atuam em associação, usando carros, motos e celulares. Do interior da agência o “olheiro” avisa os comparsas, por telefone portátil, e eles entram em ação do lado de fora.

Na capital, são diversos os relatos vitimando usuários bancários. Em abril, dois homens foram presos após roubarem um cliente que havia acabado de sacar R$ 5.000,00, em uma agência central.

No interior do estado também são encontradas ocorrências do tipo. No mês de março, em Tangará da Serra (240 km a médio-norte de Cuiabá), três pessoas foram presas, acusadas de planejar roubos nesta modalidade.

Em 2009, na cidade de Sinop (500 km ao norte da capital) um homem de 32 anos teve R$ 900,00 levados por dois ladrões, que o interceptaram pouco depois de ele ter saído de uma agência, localizada em avenida movimentada.