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NOTÍCIA

Políticos e entidades apoiam greve da polícia e pressionam Silval

Data: Quarta-feira, 27/07/2011 00:00
Fonte: De Rondonópolis - Débora Siqueira

Uma comissão composta por policiais civis, políticos e empresários deve ser criada para pressionar o governador Silval Barbosa, em sua visita a Rondonópolis, no dia 5 de agosto, pondo fim à greve de investigadores e escrivães. Os policiais reuniram com representantes da Câmara Municipal, prefeitura, Conselho de Segurança (Conseg), subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o deputado federal Wellington Fagundes (PR) para pedir apoio à greve. Todos se posicionaram favoráveis à paralisação e entenderam os motivos para que os policiais cruzassem os braços.

Há 25 dias de greve e com movimento considerado ilegal, os policiais explicaram que desde 2004 é exigido nível superior para quem entra na instituição, mas até hoje os salários pagos são de nível médio. “Queremos equiparação com outras classes que ganham como ensino superior. A última proposta apresentada pelo governo era de dar R$ 100 de aumento agora, 4% em dezembro de 2011, 10% em 2012, 10% em 2013 e 10% em 2014, já inclusa a correção da inflação. Mesmo depois de três anos, continuaríamos com salários defasados”, explicou a escrivã Celitamares Ribeiro Andrade.

O vereador Adonias Fernandes (PMDB) disse que Câmara de Vereadores apóia os policiais civis. “É um movimento pacífico. Rondonópolis é uma cidade importante e precisa de mais investimentos na segurança pública, não só na valorização salarial dos policiais, mas em infraestrutura. Vamos formar uma comissão mista e cobrar soluções do governador Silval Barbosa”.

O presidente da subseção da OAB em Rondonópolis, Adalberto Sousa, assegurou apoio incondicional aos trabalhadores e que a luta por melhores salários é justa. Mesmo posicionamento foi empenhado pelo presidente da Acir, Edson Ferreira.

O deputado federal Wellington Fagundes pediu que os policiais entregassem a pauta de reivindicações para que ele possa negociar com o governador Silval Barbosa e o secretário de Administração, César Zílio. “Podemos marcar uma reunião em Cuiabá com mais servidores”.

Sem operações

Como forma de pressionar o governo estadual, a direção do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais (Siagespoc) orientou os policiais civis da capital e do interior a não participar de nenhuma operação policial.