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NOTÍCIA

BNDES libera R$ 84 mi para PCHs em MT

Data: Sábado, 23/07/2011 00:00
Fonte: FERNANDO DUARTE/ Diario de Cuiaba

Mais de R$ 84 milhões serão destinados para a construção do Complexo Juruena, que envolverá cinco pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) em um trecho de 70 quilômetros pelo rio Juruena, norte de Mato Grosso. Os empreendimentos terão potência total de 91,4 megaWatts (MW). Os recursos serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), integrando o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa). Porém, mal foi anunciado e o investimento já levantou críticas dos deputados da CPI das Usinas Hidrelétricas.

As usinas serão feitas pela Juruena Participações e Investimentos S/A, sociedade gestora controlada pelo fundo de investimento Energia PCH. As PCHs fazem parte do projeto Juruena.

Segundo informações do BNDES, a construção do projeto promoverá a criação de 2,3 mil empregos diretos e indiretos. “O principal mérito do projeto é o de contribuir com o esforço do governo de descentralizar e universalizar o atendimento da geração de energia, em função do porte e da localização das usinas e do grande potencial de desenvolvimento do agronegócio na região”, destacou o órgão.

Ainda de acordo com o banco estatal, o objetivo é que as PCHs melhorem a “estabilidade dos sistemas de transmissão e de distribuição de energia para a Cemat”.

Apesar de serem cinco PCHs no Juruena, a maior fatia dos recursos federais será revertida para apenas uma PCH de 25 MW, no Rio de Janeiro. Para o empreendimento serão investidos R$ 125,6 milhões aprovados para a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Lightger S/A, controladora da PCH Paracambi. As seis usinas (em MT e RJ) terão potência total de 116,4 MW e criarão 3.250 empregos, no valor total de R$ 209,6 milhões em investimento.

No entanto, o relator da CPI da Usinas Hidrelétricas, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), acredita que os empreendimentos já serão criados com irregularidade. Segundo ele, não foi apresentado nenhum estudo de impacto na bacia do rio Juruena, o que impede saber qual será a influência do complexo na localidade.

“Serão 12 PCHs na região [incluindo as cinco do complexo] e até agora não foi mostrada a Avaliação Ambiental Integrada, que aponta os efeitos na região. Do jeito que está elas vão acabar com o rio, com os peixes”.

A CPI das usinas já havia anunciado em reunião ordinária que solicitarão junto ao Ministério Público Estadual (MPE) informações sobre a Avaliação Ambiental Integrada.

COMISSÃO -

Integram a CPI, além de Dilmar Dal Bosco, o deputado Percival Muniz (PPS), como presidente, e os parlamentares Sérgio Ricardo (PR), Adalto de Freitas (PMDB), como membros, e Walter Rabello (PP), que é o vice-presidente.