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112 municípios de MT têm problemas relacionados ao uso de crack, diz estudo

Ao todo, 30 prefeituras afirmaram ter alto índice de problemas causados pela droga. Dados fazem parte de um levantamento da Confederação dos Municípios.

Data: Terça-feira, 06/06/2017 00:00
Fonte: Por André Souza, G1 MT
 
 
 Ao todo, 112 municípios de MT relataram problemas causados pela droga (Foto: Reprodução EPTV)

Ao todo, 112 municípios de MT relataram problemas causados pela droga (Foto: Reprodução EPTV)

 

Dos 141 municípios de Mato Grosso, 112 têm problemas relacionados ao uso de crack, segundo um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A classificação dos problemas causados varia de alto a sem problemas. Chamado de Mapa do Crack, o estudo faz parte do Observatório do Crack e é feito com base em dados fornecidos pelos próprios municípios.

 

Entre as informações fornecidas estão a estimativa de usuários, apreensões de droga, uso em escolas e aglomerações urbanas de usuários. As respostas são enviadas em um formulário eletrônico.

 

Do total de municípios com dificuldade, 30 afirmaram ter alto índice de problemas. Entre eles estão Cáceres, Sorriso, Campos de Júlio, Barão de Melgaço, Tapurah, Paranaíta e Água Boa.

 

Com índice médio de alerta estão Pontes e Lacerda, Colniza, Comodoro, Cocalinho, Nova Mutum, Matupá, Vila Rica, Aripuanã e Sapezal. Ao todo, 49 municípios disseram estar nessa situação. Por outro lado, 33 municípios alegaram ter nível baixo de dificuldades.

 

Apenas as prefeituras de Cotriguaçu e Porto Alegre do Norte, afirmaram não ter problemas com a droga. Segundo a CNM, 26 prefeituras não responderam o questionário.

 

O objetivo do estudo é trazer ao debate a necessidade de medidas públicas para o atendimento de usuários e combate ao tráfico.

 

No Centro-Oeste, Goiás aparece o maior número de cidades com alto índice de problemas. São 66 no total. Mato Grosso do Sul tem 18 municípios na mesma situação.

 

 

Mapa da fronteira

 

O estudo leva em consideração também o problema de circulação e tráfico de drogas na região de fronteira. O levantamento listou 588 municípios brasileiros nessa situação. Em Mato Grosso, 28 municípios se encaixam nesse cenário.

 

Cáceres e Porto Esperidião, a 220 km e 358 km de Cuiabá, respectivamente, que fazem fronteira com a Bolívia aparecem com alto índice de problemas.

 

As prefeituras de Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, que também fazem divisa com a Bolívia, alegaram ter nível médio de problemas. Os municípios ficam a 483 km e 562 km da capital, respectivamente.

 

Em contra ponto, apenas 77 unidades que podem combater ou evitar acesso à droga têm sede nos municípios de Mato Grosso.

 

O Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas, por exemplo, só é listado em Porto Esperidião e Nova Monte Verde. Já o Centro de Atenção Psicossocial aparece em 15 cidades.