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NOTÍCIA

Rebelião em presídio de Sinop termina com saldo de cinco mortos

Motim no "Ferrugem" começou na manhã desta terça-feira (11) e se estendeu até esta quarta

Data: Quarta-feira, 12/04/2017 00:00
Fonte: MIDIA NEWS

A rebelião no presídio Osvaldo Florentino Leite, mais conhecido como “Ferrugem”, em Sinop (500 Km de Cuiabá), terminou na manhã desta quarta-feira (12) e deixou um saldo de cinco mortos e 17 feridos. Imagens fortes de corpos de detentos decapitados e baleados estão sendo divulgadas nas redes sociais.

 

Rebelião aconteceu no presídio Osvaldo Florentino Leite, mais conhecido como “Ferrugem”

 

De acordo com a Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp), a motivação seria a rixa entre duas facções rivais.

 

As negociações pelo fim da rebelião foram suspensas na noite de ontem, por questões de segurança, e retomadas no começo da manhã desta quarta-feira, tendo êxito no final.

 

Quatro presos foram mortos a tiros ou decapitados. O quinto, identificado como José de Souza Silva, morreu após sofrer um infarto.

 

A Sesp informou que os presos estavam em posse de armas artesanais e dois revólveres. Ainda não se sabe como os armamentos entraram na penitenciária.

 

Início da rebelião

 

A rebelião começou entre 5h30 e 6h. Os presos começaram a bater nas grades no momento em que os agentes se preparavam para a troca de serviço.

 

Agentes que estavam nas torres observaram uma movimentação estranha. Quando os servidores foram verificar o que estava acontecendo no raio azul, foram recebidos com disparos de arma de fogo.

 

Nenhum agente prisional ou servidor público ficou ferido.Alguns detentos feridos nos confrontos entre os presos foram socorridos e encaminhados a unidades de saúde da cidade.

 

Os corpos dos quatro detentos mortos durante o confronto foram identificados: Reginaldo Agostinho, que respondia pelo crime de tráfico de drogas; Bruno Aparecido Bezerra, preso por roubo; Marcelo Viturião Carvalho, preso por latrocínio e Isauro Pedro Gonçalves, que respondia por crime sexual.

 

Estiveram na cidade para controlar a rebelião, os agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas (SOE) e Corpo de Bombeiros.

 

Além disso, um Comitê de Crise foi criado pelas forças de segurança com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Defensoria Pública.