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NOTÍCIA

Micro-ônibus saem de circulação e motoristas são demitidos em Cuiabá

Oito veículos pararam de circular e empresa diz não ter como renovar frota. Termo para analisar a viabilidade técnica do serviço foi assinado em 2016.

Data: Quinta-feira, 23/03/2017 00:00
Fonte: G1 MT

Micro-ônibus saíram de circulação  (Foto: Fernando Jorge/ Arquivo pessoal)Micro-ônibus saíram de circulação (Foto: Fernando Jorge/ Arquivo pessoal)

 

Oito micro-ônibus foram retirados de circulação nesta quarta-feira (22), em Cuiabá. Cerca de sete funcionários já foram demitidos, pois a empresa que possui contrato com a prefeitura alega que não possui recursos para manter os motoristas ou renovar a frota, segundo informações da própria empresa de transporte coletivo. A frota de 2008 já teria ultrapassado a idade média de uso. O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Cuiabá, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.

 

A empresa de transporte alternativo emprega mais de 500 funcionários e presta serviço na capital há 27 anos. Cerca de 56 micro-ônibus devem sair de circulação caso o serviço seja extinto.

 

Os carros que foram proibidos atendem os passageiros das linhas 313, 106, 412, 311, 213 e 314.

 

“Foram sete funcionários até o momento, pois muitos outros motoristas serão demitidos ainda. Nós não sabemos o futuro, não sabemos se o serviço deixará de existir, por isso não podemos renovar a frota”, explicou Márcia Félix, responsável pelo setor de recursos humanos da empresa.

 

Estudo de viabilidade


Um termo de ajustamento de conduta (TAC) entre a Prefeitura de Cuiabá e o Ministério Público Estadual (MPE), por meio da 6º Promotoria de Justiça Cível, foi assinado no dia 16 de dezembro do ano passado.

 

De acordo com o documento, a prefeitura de Cuiabá deveria contratar uma empresa para elaborar estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira do serviço de transporte alternativo.

 

O serviço de táxi lotação foi instituído em Cuiabá pela Lei municipal nº. 2.758/1990 e desde então é operado por diversas empresas sem a necessidade de prévio procedimento licitatório.

 

Segundo Márcia, o estudo está sendo realizado por uma empresa de São Paulo. "O prazo é até o dia 16 de dezembro de 2017. Existem ônibus muito mais deteriorados circulando pela cidade. Eles estão lidando com famílias que perderão a única fonte de renda", disse.