Telma Aparecida, de 32 anos, se passava por juíza de direito, segundo a polícia (Foto: Emerson Dourado/ Gazeta MT)
Uma quadrilha foi presa em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, suspeita de tentar aplicar golpes em estabelecimentos comerciais. Entre os presos está Telma Aparecida Pereira, 32 anos, que, segundo a Polícia Militar, se passava por juíza de direito para tentar dar credibilidade às ações criminosas. O G1 não localizou o advogado da suspeita, mas à polícia ela negou as acusações.
Além dela, outros cinco integrantes da organização criminosa, que se passavam por empresários, foram presos, na segunda-feira (13).
Os seis membros da quadrilha estavam hospedados em um hotel de Rondonópolis havia oito dias. Foram os funcionários do estabelecimento que acionaram a polícia após desconfiarem da atitude dos criminosos.
Eles causaram um prejuízo de R$ 7 mil ao hotel, segundo o proprietário, Jailton Lucena. Os funcionários também receberam ameaças dos suspeitos de estelionato, caso denunciassem o caso à polícia.
Durante esse período, eles comeram de graça em um restaurante da cidade com a promessa de pagar depois, como explicou o tenente da Polícia Militar, João Melo.
Os criminosos diziam que iriam comprar duas empresas naquele município e enganaram oito pessoas de Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, que chegaram a ir até Rondonópolis na esperança de arrumarem emprego. Todos estavam hospedados no mesmo hotel.
Em depoimento à Polícia Civil, Telma declarou que tinha herdado quatro empresas da família e que prometeu emprego aos parentes que moram em Lucas do Rio Verde. Após a prisão, ela também disse que estava passando mal em razão da gravidez. Foi levada ao ao hospital e lá os exames apontaram que ela não esperava nenhum bebê.
Há três meses, ela havia dito aos parentes que tinha tido um filho, mas também não era verdade. Segundo a polícia, a mulher chegou a procurar o setor de recursos humanos das empresas, das quais ela se dizia herdeira, em busca de contratações para os parentes.
Os suspeitos foram ouvidos pela Polícia Civil e devem responder pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica.