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NOTÍCIA

Previdência Social tem rombo de quase R$ 150 bilhões em 2016

Foi um aumento de mais de 70% em relação a 2015. Um dos motivos foi o crescimento do desemprego.

Data: Sexta-feira, 27/01/2017 00:00
Fonte: G1.globo.com/jornal-nacional
 

O déficit de 2016 foi o maior em 21 anos. O rombo passou de R$ 85,8 bilhões em 2015 para quase R$ 150 bilhões em 2016. Um salto que assustou o governo: 74,5%. O resultado é a soma do rombo da previdência urbana, que voltou a ter déficit depois de sete anos com a rural. Um dos motivos do recorde da Previdência foi o aumento do desemprego.

 

“Se existe um momento de baixa geração de emprego, como a arrecadação previdenciária é muito pautada em folha, naturalmente que o déficit tende a crescer com isso”, disse Marcelo Caetano, secretário da Previdência.

 

Até 2014, embora houvesse o rombo, os gastos com benefícios e arrecadaçoes cresciam no mesmo ritmo, mas em 2016, enquanto a receita ficou praticamente estável, os gastos da Previdência dispararam. O governo diz que o valor das aposentadorias cresceu acima da inflação. 

 

A outra razão segue uma tendência que já vinha preocupando: o envelhecimento da população. Tem mais gente se aposentando e menos gente contribuindo. A previsão para 2017 é que falte ainda mais dinheiro para fechar essa conta: R$ 181 bilhões – número que, segundo o governo, reforça cada vez mais a necessidade de uma reforma da Previdência.

 

“A intenção da proposta de emenda constitucional encaminhada é ter uma relação da despesa previdenciária razoavelmente estável. Então é justamente para poder dar estabilidade na Previdência e, com isso, garantir que o pagamento dos benefícios lá na frente”, explicou Caetano.

 

A proposta cria a idade mínima para aposentadoria: 65 anos para homens e mulheres. O tempo mínimo de contribuição, 25 anos. O valor do benefício seria de 76% da média de todas as contribuições. E aposentadoria integral só com 49 anos de contribuição.

 

O Congresso volta ao trabalho na semana que vem. A reforma já passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Agora, deverá ser criada uma comissão especial para analisar a proposta.