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Coordenador do Ibama admite pacto para encerrar operação em MT

Data: Quarta-feira, 04/05/2011 00:00
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Fonte: Só Notícias com assessoria

Oito prefeitos da região noroeste de Mato Grosso e pecuaristas locais discutiram, com representantes do Instituto Brasileiro de Meio Ambientes e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os desmates ilegais para a atividade pecuária, combatidos através da Operação Disparada que resultou em dezenas de multas no Estado e apreensão de gado em áreas onde houve desmates ilegais. O coordenador geral de fiscalização do Ibama, Bruno Barbosa, propôs um pacto aos criadores, a fim de evitar que a Operação Disparada, desencadeada pelo instituto em março deste ano nos municípios da Amazônia Legal, e que tem por objetivo apreender gados criados em fazendas embargadas por desmatamento, chegue à região noroeste.

O acordo, segundo ele, consiste em zerar o desmate ilegal na região, dados que serão monitorados por satélite no decorrer do mês. "Na primeira quinzena de maio, sairá o primeiro relatório quanto à derrubada. Esses números determinarão nossa presença no noroeste mato-grossense", informou Bruno, lembrando que neste momento a Disparada concentra-se em cinco regiões: Sinop, São Félix do Xingu, Lábrea (AM), Redenção (PA) e Novo Progresso (PA).

Os deputados estaduais Dilmar Dal Bosco (DEM) e Ezequiel Fonseca (PP) também participaram. Dilmar fez a defesa dos produtores amazônicos, lembrando que quando a maioria das famílias chegaram àquela região, eram incentivados pelo governo federal a desmatar beiras dos rios e as florestas. "Integrar para não entregar. Esse era o lema do governo à época, que incentivava a ocupação da floresta e a derrubada de árvores. Hoje sabemos da importância da preservação, mas não podemos ser penalizados pelos erros do passado. Vamos derrubar dentro dos 20% que nos garante a lei em vigor, mas precisamos de mais tempo para retirar os gados dessas pastagens, abertas há décadas".

Dal Bosco afirmou ainda, que a maior parte dos gados já apreendidos pelo Ibama na região Norte, onde a operação teve início em março, pertence a pequenos produtores à espera de reforma agrária.