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NOTÍCIA

ALMT exonera servidor preso em operação contra fraude na Educação

Moisés da Silva é suspeito de direcionar licitações de obras em escolas. Seis pessoas foram presas durante a operação do Gaeco.

Data: Quarta-feira, 11/05/2016 00:00
Fonte: Do G1 MT
 
 
 
 
Operação Rêmora (Foto: Reprodução/TVCA)
Operação Rêmora (Foto: Reprodução/TVCA)
 

A Assembleia Legislativa exonerou o servidor Moisés Dias da Silva, preso na semana passada por suspeita de participar de um esquema que teria direcionado licitações na Secretaria de Educação de Mato Grosso. A exoneração do assessor parlamentar, assim como a contratação do servidor, que estava lotado no gabinete da presidência da ALMT, foram publicadas no Diário Oficial do Estado que circula nesta quarta-feira (11).

 

O G1 não conseguiu falar com o advogado de Moisés.

 
 

As supostas fraudes em licitação foram alvo da operação Rêmora, do Gaeco, deflagrada no dia 3 de maio. As irregularidades envolveriam obras em escolas estaduais no valor de R$ 56 milhões, e estariam ocorrendo, pelo menos, desde outubro de 2015.

 

O esquema teria envolvimento de servidores da Seduc e empresários. Três ex-funcionários da Secretaria de Educação e três empresários foram presos durante a operação, que provocou ainda a exoneração, a pedido, do titular da Seduc, Permínio Pinto (PSDB).

 

Moisés Dias foi Superintendente de Acompanhamento e Monitoramento Escolar da Seduc entre novembro de 2015 e março de 2016. Ele assumiu a vaga na secretaria no lugar de Wander Luis dos Reis. Os dois foram presos na operação Rêmora, assim como Fábio Frigri, também servidor da Educação.

 

A exoneração de Moisés Dias é a partir de 3 de maio de 2016, conforme o ato da Mesa Diretora da ALMT.

 

O esquema
As investigações do Grupo de Combate ao Crime Organizado apontam que as licitações eram direcionadas mediante propina a servidores da Seduc, que recebiam 3% do valor total das obras para fraudar os processos licitatórios. As fraudes, que estariam ocorrendo desde outubro de 2015, passariam por três núcleos até serem concretizadas, diz o Gaeco.