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NOTÍCIA

Bélgica sabia desde 2014 que irmãos Abdeslam atacariam, diz jornal

Data: Terça-feira, 01/03/2016 00:00
Fonte: EFE

A Polícia Judicial belga recebeu em julho de 2014 informações de uma fonte considerada "crível" sobre os planos de atentado dos irmãos Abdeslam, informou nesta terça-feira o jornal belga "L'Echo".



De acordo a publicação, o departamento antiterrorista da Polícia Judicial Federal recebeu no meio daquele ano a ligação de uma pessoa que deu informações "extremamente precisas e circunscritas" sobre os planos de Brahim Abdeslam, que comandou os ataques de 13 de novembro do ano passado em Paris, e Salah Abdeslam, considerado um dos líderes dos atentados e atualmente foragido.



A fonte disse aos agentes que "os irmãos Abdeslam, Salah e Brahim, preparam um atentado" e pediu à corporação para "fazer algo" para evitar, de acordo com o jornal. Segundo a fonte, o informante tinha "laços diretos" com os irmãos, e acrescentava que a ameaça era "iminente".



A pessoa sustentou ainda que a dupla escondia suas intenções jihadistas em seu círculo familiar, e relatou à Polícia Judicial que eles tinham contatos com Abdelhamid Abaaoud, considerado o coordenador dos atentados de Paris e que morreu na ação policial ao apartamento do bairro de Saint-Denis, na França.



De acordo com o jornal belga, a informação esteve nas mãos da divisão antiterrorista, mas também na de outros subgrupos e investigadores. No total, entre 10 e 13 pessoas conheciam a informação, mas ninguém, insistem atualmente várias fontes policiais, parece ter levado os dados com a seriedade necessária.



Uma investigação foi efetuada em fevereiro de 2015 pela polícia do distrito de Molenbeek, na Bélgica, onde os irmãos moravam, seis meses depois da informação recebida e, conforme revelou a rede de TV pública "RTBF" no domingo, os irmãos Abdeslam foram interrogados. No entanto, um relatório da Polícia Federal sustentou posteriormente que eles não apresentavam perigo, e a Promotoria Federal, seguindo as recomendações da Polícia Judicial, encerrou a investigação em junho de 2015, de acordo com "L'Echo".