ARIPUANÃ, Quinta-feira, 28/03/2024 -

NOTÍCIA

Secretaria e Famato querem "barrar" operação do Ibama no Nortão

Data: Quinta-feira, 21/04/2011 00:00
Fonte:
Fonte: Só Notícias com Sandra Santhanna

Preocupados com os resultados da operação ‘Disparada", o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), José Domingos Fraga, e o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, se reuniram com os dirigentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), em Brasília, para solicitar a paralisação da operação e o cancelamento das notificações de retirada do gado. Na oportunidade foi firmado um acordo entre o Ibama e as lideranças políticas que estabelece a meta de "desmatamento zero" na região. "Tenho conhecimento de que muitos produtores estão buscando se regularizar junto ao órgão ambiental. Eles estão fazendo a parte deles nesse processo e não há razão para intimidá-los com apreensões de seus patrimônios", defendeu deputado federal Homero Pereira

O secretário da Sedraf, José Domingos Fraga, disse que a reunião foi bastante produtiva e ficou acordado que o Estado irá estimular a regularização ambiental e combater o desmatamento ilegal. A operação ‘Disparada" vai continuar, porém enquanto isso, os produtores que fizerem o Cadastro Ambiental Rural (CAR), informarem ao Ibama dados sobre seus plantéis de gado e as coordenadas geográficas das suas propriedades, poderão ter os prazos das notificações de retirada do gado prorrogados.

A ação de combate a novas frentes de desmatamento continua nas cinco regiões prioritárias, que incluem Sinop, Novo Progresso, São Felix do Xingu e Redenção (Pará). As equipes de fiscalização do Ibama poderão ser removidas para outras frentes prioritárias caso o monitoramento de polígonos de desmatamento detecte a diminuição expressiva do desmatamento nessas áreas da Amazônia.

O Ibama deflagrou a operação ‘Disparada", no dia 31 de março de 2011, para combater o desmatamento ilegal, simultaneamente, em cinco regiões da Amazônia Legal, englobando Mato Grosso, Pará e Amazonas.

Todos os proprietários que estiverem criando bois em áreas não autorizadas devem retirar os rebanhos, sob pena de apreensão e destinação para o Programa Fome Zero, do Ministério do Desenvolvimento Social.