Com o objetivo de envolver toda a população aripuanense nas ações de combate e controle do Aedes aegypti, a Prefeitura de Aripuanã, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, reuniu na noite de segunda-feira (15), várias autoridades, representantes de entidades, sociedade civil organizada e servidores públicos, para traçar estratégias de combate ao mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.
Durante o encontro, realizado nas dependências da APAE, foram apresentadas diversas atividades que estão sendo desenvolvidas pelos agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias, como visitas diárias em residências e comércios para orientações sobre controle e eliminação do mosquito, e a diferença das doenças causadas por ele, além de mutirões de limpeza em parceria com a Secretaria Municipal de Infraestrutura.
Conforme a secretária municipal de Saúde, Valdenia Jales, dentre as pautas do encontro, ficou estabelecido que ocorrerá neste sábado, dia 20, o “Dia D” de combate ao mosquito Aedes aegypti, com mutirão de limpeza no bairro Jardim Planalto e região. “Vamos iniciar as 7:30 da manhã nas proximidades do posto de saúde, e juntamente com vários parceiros estaremos percorrendo também o Jardim Paraná, Parque São Domingos e COHAB”, afirma.
O padre Mário Hack, destaca a importância das ações, uma vez que o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, alerta sobre a falta de saneamento básico e os vetores que acabam trazendo problemas de saúde para a população. “É um assunto que preocupa todos nós, por isso cada um deve fazer bem a sua parte. Em todas as comunidades que visitamos nós falamos sobre saneamento básico, separação do lixo e a questão do Aedes aegypti que está atormentando todo mundo”, disse.
Doutor Vinicius Nazário, delegado da Polícia Civil de Aripuanã, diz que o Poder Judiciário estará atuando em conjunto com a Prefeitura, e alerta sobre as penalidades para quem dificultar o trabalho dos agentes de saúde e contribuir para o aumento dos focos do mosquito no município. “O Código Penal prevê a prática de crime contra a saúde pública e o Condigo Ambiental a prática de crimes ambientais, portanto nos casos mais graves onde os agentes de endemias constatarem que o proprietário está dificultando a ação dos órgãos responsáveis, a polícia poderá promover a responsabilização criminal por essas condutas”, esclareceu.
O prefeito Ednilson Faitta, lembra que decretou situação de emergência em Aripuanã devido à preocupação com o aumento no número de doenças ocasionadas pelo Aedes aegypti e reforça que o poder público atuará de forma rigorosa contra quem não manter seus terrenos livres de focos do mosquito. “Vamos continuar com os mutirões por bairros, orientando as pessoas para que retirem o lixo que a Prefeitura, juntamente com os parceiros, estará limpando. Depois disso, os agentes voltarão com as visitas e aqueles que não manterem a devida limpeza serão penalizados com multas pesadas, porque não é justo uns limparem seus quintais e outros não”, ressaltou.
Segundo informou a Secretaria Municipal de Saúde, de janeiro de 2016 até o momento, foram registrados em Aripuanã 220 casos suspeitos de dengue e 32 do vírus zika. O maior foco do mosquito está nos lixos, fossas, pneus e calhas, conforme constatado pelos agentes de saúde e agentes de endemias.