O deputado não esclareceu os termos da ameaça e conta ter recebido uma ligação telefônica do lobista para justificar a ausência na Comissão na última quarta-feira (9).
Rowles disse que estaria em uma viagem ao exterior e pediu para que uma nova data fosse remarcada e que os deputados não o acionassem a Justiça para ele depor coercitivamente.
O presidente da CPI adiantou que não vai atender ao pedido do lobista, porque é a segunda vez que a Comissão tentou ouvi-lo.
"Ele quer pautar a CPI e falou pra mim que, se eu não atendesse o pedido dele, estaria escolhendo um caminho sem volta. Ele foi convocado no dia 1º de dezembro e alegou que não poderia vir, e no dia 9, em outra oitiva não compareceu. Então será trazido por policiais que estarão esperando no aeroporto assim que chegar ao país", ressaltou o parlamentar, entendendo que se sentiu ameaçado.
O lobista não informou em qual país está. Em tom de brincadeira, o deputado disse que Rowles estaria em Miami (EUA) gastando recursos que provavelmente foram desviados da obra do VLT.
Propina
A CPI quer que Rowles esclareça as denúncias sobre esquema de pagamento de propina referente à licitação do modal. O lobista havia revelado ao site UOL que já sabia quem sairia vencedor da licitação com um mês de antecedência.
De acordo com a reportagem, integrantes do governo receberam R$ 80 milhões dos três consórcios primeiros colocados na concorrência para viabilizar o negócio.
Após a publicação da matéria, Rowles teria dito que na verdade teria sido chantageado pelo repórter, que também admitiu que recebeu dinheiro para denegrir o VLT.