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NOTÍCIA

Deputados afirmam que investigação da CPI do Ministério Público pode ir além das cartas de crédito

Data: Quarta-feira, 02/12/2015 00:00
Fonte: Olhar Direto/ Jardel P. Arruda

 

 

Foto: AL-MT

Deputados afirmam que investigação da CPI do Ministério Público pode ir além das cartas de crédito
 
 
Os deputados estaduais José Carlos do Pátio (SD) e Pery Taborelli (PV), membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar o Ministério Público Estadual (MPE), acreditam que a CPI pode ir além de apurar as acusações de irregularidades na emissão de R$ 10 milhões em cartas de crédito a 40 promotores e procuradores.



"Não quero falar se vamos além das cartas de crédito. Mas a CPI tem um ponto para começar. Mas ela é dinâmica. Ela precisa analisar os fatos e as provas que vão surgindo", disse Zé do Pátio, na noite de terça-feira (01), na Assembleia Legislativa. "Vamos investigar o que aparecer. Se forem aparencendo provas de coisas novas, temos de investigar", completou Taborelli.


Formação da CPI

A CPI das cartas de crédito do MPE será composta por Oscar Bezerra (PSB), Wilson Santos (PSDB) e Pery Taberolli (PV) como representantes do bloco maioritario da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, além de Leonardo Albuquerque (PDT) e José Carlos do Pátio (SD) pelo minoritário. 


José Domingos Fraga (PSD) e Dilmar Dal'Bosco (DEM) foram cogitados como membros, nos respectivos lugares ocupador de Leonardo e Taborelli, mas uma série de reunião emplacou essa formação. A presidência e a relatoria deverão ser decidida em uma reunião entre eles.


Cartas de Crédito
 
Uma lista com nomes de procuradores e promotores do MPE que receberam cerca de R$ 10 milhões entre 2008 e 2009 em cartas de crédito foi apreendida pela Polícia Federal na casa do ex-secretário de Estado Éder  durante uma das fases da Operação Ararath, que investiga uma amplo esquema de lavagem de dinheiro e crimes financeiros perpetrados em Mato Grosso através da máquina estadual.


Ao total, foram 45 cartas de crédito emitidas pelo MPE, parte delas assinadas pelo procurador-geral Paulo Prado, parte pelo ex-procurador-geral Marcelo Ferra. Segundo Éder, que era secretário de Estado de Fazendo nesse período, e assinou pelo pagamento dessas cartas, um relatório do TCE aponta diversas irregularidades, como falta de estudo de impacto fiscal e valores “inchados”.