ARIPUANÃ, Quinta-feira, 28/03/2024 -

NOTÍCIA

Presidente da CPI do BNDES diz que comissão ouvirá Bumlai na terça-feira

Marcos Rotta (PMDB-AM) afirmou que Sérgio Moro autorizou depoimento. Pecuarista amigo de Lula foi preso nesta terça-feira (24) pela Lava Jato.

Data: Terça-feira, 24/11/2015 00:00
Fonte: Laís Alegretti Do G1, em Brasília
 
 
 
 
O pecuarista José Carlos Bumlai, é visto no IML Instituto Médico Legal de Curitiba, na 21ª fase da Operação Lava Jato  (Foto: Giuliano Gomes/PR PRESS)
Na foto, Bumlai é conduzido pela Polícia Federal ao IML de Curitiba para fazer exame de corpo de delito (Foto: Giuliano Gomes/PR PRESS)
 

O presidente da CPI do BNDES, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), afirmou que o juiz federal Sérgio Moro – responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância – autorizou a comissão a tomar o depoimento do empresário e pecuarista José Carlos Bumlai na próxima terça-feira (1º).

 

Amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bumlai foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta terça (24), em um hotel de Brasília, na deflagração da 21ª fase da Lava jato. Ele estava na capital federal porque iria prestar depoimento à CPI do BNDES nesta terça. Com a prisão, o depoimento foi cancelado.

 

Pecuarista do Mato Grosso do Sul e empresário do setor sucroalcooleiro, Bumlai supostamente tinha acesso franqueado ao gabinete de Lula durante os oito anos em que o petista comandou o Palácio do Planalto. Os dois se conheceram em 2002, apresentados pelo ex-governador sul-matogrossense Zeca do PT, e estreitaram a relação nos anos seguintes.

 

Um dos delatores da Operação Lava Jato, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal que repassou R$ 2 milhões a Bumlai, referentes a uma comissão a que o pecuarista teria direito por supostamente pedir a intermediação de Lula em uma negociação para um contrato.

 

Os parlamentares chegaram a discutir se o depoimento teria de ocorrer em Curitiba, para onde Bumlai foi levado, ou em Brasília, mas o presidente da comissão anunciou que, conforme acordado com Sérgio Moro, o depoimento poderia ocorrer no Congresso Nacional, na capital federal.

 

Rotta leu aos parlamentares um documento enviado por Sérgio Moro à comissão, que informa que a oitiva de Bumlai nesta terça se tornou inviável devido à prisão dele. No documento, o juiz federal diz que Bumlai estaria "à disposição" da comissão em caso de remarcação da oitiva. Moro sugeriu, no texto, que a remarcação não ocorresse para uma data nesta semana.