O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (30), em dia instável, mas teve a primeira queda mensaldesde o mês de junho. O dia foi marcado por uma agenda fraca e pela disputa com a formação da Ptax de outubro, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para uma série de contratos cambiais.
O dólar subiu 0,2%, a R$ 3,8628 na venda, após cair 1,68% na véspera. Veja a cotação do dólar hoje.
No mês de outubro, o dólar acumulou queda de 2,58%, após três meses seguidos de alta. Na semana, a moeda caiu 0,71%. Em 2015, contudo, teve valorização de 45%.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h08, caía 0,2%, a R$ 3,8426.
Às 9h40, caía 0,05%, a R$ 3,8519.
Às 10h10, subia 0,05%, a R$ 3,8561.
Às 10h39, subia 0,65%, a R$ 3,8795.
Às 11h59, subia 0,4%, a R$ 3,8698.
Às 13h09, caía 0,36%, a R$ 3,84.
Às 14h30, subia 0,17%, a R$ 3,8607.
Às 15h10, subia 0,22%, a R$ 3,8627.
Às 15h30, subia 0,23%, a R$ 3,8629.
Às 15h55, subia 0,22%, a R$ 3,8627.
Às 16h25, subia 0,26%, a R$ 3,8640.
A moeda norte-americana chegou a mostrar quedas mais expressivas, atingindo R$ 3,8295 na mínima do dia.
"O mercado deve continuar na defensiva", disse o operador de câmbio da corretora Spinelli José Carlos Amado. "O mercado vai olhar mais para o cenário interno. Se a situação no Congresso continuar difícil, o dólar pode voltar a encostar em R$ 4", acrescentou.
Os mercados brasileiros têm atravessado uma fase de poucos negócios nas últimas semanas, com investidores evitando fazer grandes operações diante das incertezas políticas e econômicas no Brasil, e adotando estratégias mais defensivas após o Federal Reserve, banco central norte-americano, sinalizar que pode elevar os juros em dezembro.
O resultado é que operações pequenas têm sido capazes de influenciar as cotações do dólar, tendência que ficou ainda mais forte no fim do mês. Na véspera, o dólar caiu com força porque investidores desmontaram apostas na alta da moeda norte-americana ao fim de um mês que deve ser marcado pela desvalorização do dólar sobre o real.
O que é Ptax? |
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É uma taxa calculada diariamente pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Operadores costumam disputar para influenciar a taxa da última sessão do mês, que determina a cotação utilizada para precificar o primeiro contrato futuro de dólar negociado na BM&F, um dos mais líquidos do mercado financeiro brasileiro. |
"A agenda está fraca hoje, tem o 'game' da Ptax e estamos na véspera de um feriado prolongado no Brasil. Não tem grande fundamento nos movimentos do câmbio hoje, é mais uma questão técnica", disse o operador de um banco internacional, referindo-se ao feriado do Dia de Finados na segunda-feira.
Intervenção no câmbio
Nesse contexto, o BC anunciou para a semana que vem o início da rolagem dos swaps cambiais – equivalente à venda de dólares no futuro – que vencem em dezembro, indicando que deve recolocar integralmente o lote equivalente a US$ 10,905 bilhões.
A reação dos mercados, no entanto, foi contida. "Ninguém esperava atitude diferente", escreveram analistas da corretora Leprosa Investimentos em nota a clientes.
Na véspera, a moeda norte-americana encerrou a sessão em queda de 1,68%, a R$ 3,8541 na venda, menor patamar em duas semanas. Com o recuo de quinta-feira, a divisa acumula queda de 0,94% na semana e de 2,81% no mês. No ano, porém, a alta ainda é de 44,96%.