"É preciso que o governo dê uma mão ao produtor, até mesmo para que os outros sejam incentivados”, destaca Paro.
Realizada na sede da Aprosoja em Cuiabá, outros temas debatidos pelos 20 participantes foram o trabalho de melhoramento genético realizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) e propostas para alavancar a cultura no Estado.
O coordenador da CTT e pesquisador da Empaer, Hortêncio Paro, falou que a sugestão dos representantes da Câmara é que a Conab realize o levantamento dos custos de produção em Mato Grosso, para que o preço mínimo seja reavaliado. “Assim, o início do cultivo seria facilitado aos pequenos agricultores, já que a atual situação impõe muitos custos e riscos".
O secretário adjunto de agricultura da secretaria de desenvolvimento econômica de Mato Grosso (Sedec), Alexandre Possebon, ressaltou que o instituto mato-grossense de economia aplicada (Imea) seria um importante aliado, podendo realizar estudos sobre produção de trigo e apresentando dados ao governo federal em busca de uma avaliação do preço mínimo.
Hortêncio Paro afirmou que a justificativa da existência da Câmara é o fato do Brasil produzir menos da metade do trigo que consome. Somente Mato Grosso consome anualmente 130 mil toneladas de farinha e 90% são importadas. “O cultivo do trigo é mais uma opção para rotação de cultura e estamos buscando parceria com os produtores irrigantes. O Estado possui mais de 100mil hectares de terra com irrigação e potencial para o cultivo de um milhão de hectares/trigo de sequeiro”, destaca Paro.