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Mulheres de MT estão preparadas para a Marcha das Margaridas em Brasília e reforçarão luta pelo fim da violência e combate aos agrotóxicos

Data: Sexta-feira, 07/08/2015 00:00
Fonte: Da Assessoria

 

O fim da violência contra a mulher e o combate ao uso de agrotóxicos serão algumas das bandeiras que serão levantadas durante a Marcha das Margaridas, considerada a maior manifestação pelos direitos das mulheres no mundo, e que acontecerá nos dias 11 e 12 em Brasília (DF). Coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), a marcha tem a participação das 27 federações e mais 11 entidades parceiras.

 

A delegação Mato-grossense, sob a organização da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAGRI-MT), está nos preparativos finais rumo ao evento. Conforme a diretora de Mulheres da federação, Juliana Pachuri Mendes, os sindicatos estão muito empenhados em marchar por desenvolvimento sustentável com democracia, justiça, autonomia, igualdade e liberdade.

 

“Os sindicatos que irão participar com cinco caravanas de todas regiões estão cada vez mais mobilizados para somar a esta importante luta, que é o momento que as mulheres terão a oportunidade de discutir e enfrentar os desafios, seja na questão da violência ou o crescimento do uso de agrotóxicos nas lavouras”, frisa Juliana.

 

A diretora destaca ainda que o Caderno de pauta de reivindicações da Marcha das Margaridas, entregue para o Governo Federal e Congresso Nacional em julho, é resultado de intensas jornadas com discussões coletivas realizadas pela Contag, federações e entidades parceiras no último ano em todos os estados do Brasil.

 

Abertura oficial

Às 19 horas da próxima terça-feira (11) será realizada a Abertura Oficial da 5ª Marcha das Margaridas, com a participação de vários representantes de movimentos e organizações de mulheres do Brasil e do mundo, e também de representantes do governo federal.

 

História

A primeira Marcha das Margaridas foi realizada pela Contag no ano 2000, quando cerca de 20 mil mulheres de todas as regiões se reuniram em Brasília para fortalecer a luta das trabalhadoras do campo, das cidades, das florestas e das águas de todo o Brasil. A 2ª Marcha aconteceu em 2003, quando ainda mais mulheres uniram-se na capital federal por um país mais igualitário e com direitos para todos. Em 2007 a 3ª Marcha floriu Brasília mais uma vez e, em 2011, mais de 100 mil mulheres marcharam na 4ª Marcha das Margaridas.

 

O dia escolhido para a mobilização é sempre 12 de agosto, dia do assassinato de Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Alagoa Grande, na Paraíba. Margarida morreu em 1983, aos 50 anos, vítima de um tiro de espingarda no rosto, crime encomendado por um latifundiário que se viu ameaçado pela luta constante da trabalhadora. Ela esteve à frente do sindicato por dez anos, lutando por direitos trabalhistas como respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13º salário, férias remuneradas. “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”, afirmava Margarida Alves. Hoje, milhares de mulheres seguem seu exemplo de coragem e determinação e mantem vivos os ideais dessa forte batalhadora.