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NOTÍCIA

MPF faz recomendações a empresas envolvidas em acidente férreo

Colisão entre duas locomotivas aconteceu em outubro de 2014, em Cubatão. MPF recomenda avaliação e atualização de maquinistas e controladores.

Data: Terça-feira, 23/06/2015 00:00
Fonte: Do G1 Santos
 
 
 
 
Vagões ficaram amontoados nos trilhos e em parte da pista (Foto: Sérgio Furtado/G1)
Vagões ficaram amontoados nos trilhos e em parte da pista (Foto: Sérgio Furtado/G1)

 

O Ministério Público Federal em Santos, no litoral de São Paulo, recomendou que duas empresas envolvidas em um acidente ferroviário em Cubatão (SP), em 31 de outubro de 2014, realizem avaliação e atualização de maquinistas e controladores de tráfego quanto às normas a serem seguidas nos casos em que é preciso reduzir a velocidade dos trens.

 

O acidente foi em um trecho arrendado pela empresa MRS Logística, envolvendo duas locomotivas da América Latina Logísticas (ALL). Uma das composições colidiu na traseira da outra que estava estacionada, ocasionando o descarrilamento de quatro vagões, que carregavam cerca de 80 toneladas de milho e açúcar, além do derramamento de cinco a nove mil litros de óleo diesel e hidráulico que estavam nos tanques de abastecimento das locomotivas.

 

Segundo investigação, a composição que trafegava pela via férrea chegou a 34km/h antes da colisão, e a sinalização indicava um limite máximo de 25 km/h. De acordo com os trabalhos, o controlador de tráfego da MRS não teria avisado o maquinista da ALL sobre a necessidade de reduzir a velocidade.

 

As duas concessionárias divergem sobre os motivos do acidente. A ALL afirma que as ordens de tráfego se sobrepõem a qualquer sinal luminoso, enquanto a MRS alega que o maquinista descumpriu o indicado pela sinalização. De acordo com o procurador da República Thiago Lacerda Nobre, o programa de avaliação e atualização dos profissionais deve ser realizado com simulações práticas de situações críticas.

 

O procurador também recomenda que a MRS envie ao MPF, em um prazo de 30 dias, documentos que demonstrem todas as sinalizações que exigiram redução de velocidade das composições no trecho do acidente nos últimos cinco anos. As recomendação também foram direcionada à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para que em 30 dias inicie estudos para à possibilidade de redução da velocidade máxima autorizada no local da colisão. A autarquia tem 180 dias para concluir a análise e apresentar parecer conclusivo sobre a necessidade e a viabilidade das mudanças.

 

Veículo ficou encurralado entre o canteiro central e o trem (Foto: Roberto Strauss/G1)
Acidente em Cubatão (SP) foi em outubro de 2014 e causou estragos na cidade  (Foto: Roberto Strauss/G1)