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Dilma diz que inflação 'preocupa bastante' e tem de ser derrubada logo

Na Bélgica, presidente comentou a escalada da inflação nos últimos meses. Em 12 meses, índice atingiu 8,47% – o maior desde dezembro de 2003.

Data: Quinta-feira, 11/06/2015 00:00
Fonte: Do G1, com informações do Bom Dia Brasil
 
 

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (11), em Bruxelas, que a inflação "preocupa bastante" e tem de ser derrubada "logo". Segundo a petista, o Brasil "não pode e não vai" conviver com uma alta taxa de inflação.

 

A inflação oficial do país, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,74% em maio, informou nesta quarta (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa para o mês desde 2008, quando ficou em 0,79%. O índice foi puxado principalmente pela conta de luz e pelos alimentos.

 

Nos últimos 12 meses, o índice atingiu 8,47% – maior taxa para 12 meses desde dezembro de 2003, quando foi de 9,3%, e mais do que nos 12 meses imediatamente anteriores, quando foi de 8,17%. Em abril, a variação foi de 0,71% – a menor taxa entre os meses de 2015. Em maio de 2014, o IPCA havia registrado taxa de 0,46%.

 

"[A inflação] preocupa bastante, porque inflação é um objetivo que temos de derrubar, e derrubar logo. O Brasil não pode conviver com taxa alta de inflação. Não pode e não vai", ressaltou a chefe do Executivo em, entrevista coletiva durante durante a II Cúpula União Europeia – Celac, na capital da Bélgica.

 

'Marola'
Dilma Rousseff também disse nesta quinta que a "marola" que o Brasil enfrentou com a crise econômica internacional de 2008 se acumulou e virou um "onda". Ela fez o comentário ao ser indagada sobre se os efeitos da crise americana no Brasil ainda eram uma "marolinha", como havia classificado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

"Para nós, naquele momento [em 2008], foi, sim, senhor [uma marola]. Óbvio. Depois, a marola se acumula e vira uma onda", disse Dilma.

 

À época, a declaração de Lula de que, nos Estados Unidos, a crise era um "tsunami" e se chegasse ao Brasil seria "uma marolinha que não dá nem para esquiar" gerou polêmica. O próprio Lula, dois anos anos depois, reclamou ter sido "esculhambado" por conta da fala.

 

Nesta quinta, Dilma também comentou na entrevista sobre a escalada da inflação. Segundo ela, a causa da inflação no país é "estrutural", e não "conjuntural".

 

"A causa da inflação não é estruttura, é conjuntural. Era isso que estava querendo dizer. O outro lado é o fato de que, além disso, nós sofremos as consequências do ajuste cambial. Esse ajuste cambial não fomos nós que provocamos, nós sofremos o efeito dele", enfatizou.