Mogadíscio - O grupo islamita Al Shabab assumiu a autoria do ataque desta quinta-feira contra a Universidade de Garissa, no leste do Quênia, na fronteira com a Somália, no qual um grupo de terroristas matou pelo menos 15 pessoas e tomou como reféns estudantes e professores, todos não muçulmanos.

 

Uma ação conjunta das forças de segurança locais já conseguiu evacuar três das quatro residências universitárias, mas os terroristas seguem em uma delas com um número desconhecido de reféns, informou o Ministério do Interior.

 

Um porta-voz da Al Shabab, Shiekh Ali Raage, disse que os 'mujahedins tomaram professores e estudantes não muçulmanos' como reféns e ameaçou realizar ataques em outras cidades do país enquanto durar a presença de tropas quenianas na Somália.

 

Raage anunciou que o Al Shabab explicará os detalhes do ataque ao seu final, mas que o objetivo dos milicianos que se encontram na universidade é matar todos os não muçulmanos que estão em seu poder.

 
 
 
 

Este ataque é o mais sangrento que o Al Shabab efetuou no Quênia desde o final do ano passado, quando o grupo explodiu um ônibus e uma pedreira em Mandera, no extremo nordeste do país, matando 64 pessoas, todas cristãs.

 

Os últimos números fornecidos pela Cruz Vermelha indicam que 65 feridos foram transferidos para um hospital em Garissa, e um avião equipado transportará as pessoas em estado grave para a capital Nairóbi.

 

Devido à gravidade de alguns feridos, não se descarta que o número de mortos aumente nas próximas horas.