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Caminhões não fogem da fiscalização, mas dos buracos da Rodovia dos Imigrantes

Data: Segunda-feira, 28/02/2011 00:00
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Fonte: Blog Sandra Carvalho

A denúncia de que caminhões estariam passando por dentro de Cuiabá para fugir da fiscalização do Trevo do Lagarto, em Cuiabá, provocou indignação dos empresários do setor de transporte: “Estamos fugindo dos buracos da Rodovia dos Imigrantes, que está em péssimas condições”, justifica o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Dejalmo Fedrizze.

O diretor da entidade ressalta que nenhum motorista gosta de passar pelo centro de Cuiabá e que está praticamente impossível burlar a fiscalização porque para sair de Mato Grosso todo caminhão, obrigatoriamente, deve parar nos postos da Secretaria Estadual de Fazenda. “Dizer que estamos fugindo da fiscalização é um absurdo”, reage.

Sobre a Rodovia dos Imigrantes, ele conta que os 38 km de extensão estão sendo percorridos em 1 hora e 15 minutos por causa dos enormes buracos ao longo da pista e desníveis no asfalto. “Muitos ainda insistem em dizer que esses problemas são causados pelo peso dos caminhões, mas há muito tempo as transportadoras vem cumprindo com a legislação, mantendo o peso estipulado para cada tipo de carga”.

Além da demora e dos constantes problemas com os veículos (pneus e peças), a falta de manutenção da Rodovia dos Imigrantes, segundo Dejalmo, favorece a ação de assaltantes porque os motoristas tem que andar na velocidade mínima.

“Se o Governo fizer a sua parte, deixando a rodovia em condições de uso, nós seremos os primeiros a fazer um trabalho educativo para evitar a entrada de caminhões na cidade”, garante o diretor do Sindmat.

Sobre o trânsito em Cuiabá, o diretor lamenta que em 30 anos, desde que chegou aqui, não tenha percebido mudanças em sua organização. “Estávamos entusiasmados com a Perimetral Norte, mas até agora ela não foi liberada”, acrescenta, sem perspectivas de poder usar a nova pista tão cedo por conta das últimas denúncias sugerindo mal uso do dinheiro público por parte da Prefeitura.