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Riva acusa lobby de empresas de ônibus contra implantação do VLT

Data: Domingo, 27/02/2011 00:00
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Fonte: Olhardireto/Alline Marques

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PP), acredita que o lobby das empresas de ônibus tenha ‘atrapalhado’ o governador Silval Barbosa (PMDB) a conhecer o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Segundo o parlamentar, o chefe do Executivo disse não ter recebido nada consistente sobre este modelo de transporte até o momento, por isso estaria aguardando a conclusão do projeto do Bus Rapid Transit (BRT), defendido pela Agência Executora dos Projetos e Obras da Copa do Mundo (Agecopa) como a melhor opção para capital.

“O governo disse que não haviam passado nada para sobre o VLT e logo após a reunião com empresários da área autorizou a elaboração do projeto de viabilidade. O lobby das empresas de ônibus interessadas no BRT pode ter prejudicado o VLT”, afirmou durante entrevista na quinta-feira (23).

Riva atestou ainda que o VLT tem o aval do deputado federal Homero Pereira (PR) e do diretor presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (Dnit), Luiz Antônio Pagot (PR). Segundo o progressista, o VLT é extremamente viável para Cuiabá e a tarifa poderá ser mais baixa que o BRT. “Se é viável em cidades da Espanha com 300 mil habitantes, porque não será em conglomerado urbano de 900 mil habitantes”, declarou.

O deputado também criticou ainda a demora para entrega do projeto do BRT, que até o momento não foi concluído. Silval recebeu apenas o projeto básico do trajeto Aeroporto-CPA e deverá receber em março o segundo projeto do trecho Fernando Côrrea-Centro.

Sobre o prazo para conclusão da obra, Riva informou que a empresa AZVI, da Espanha, especializada em construção de ferrovias até a operação do sistema, garante a construção em um ano, mantendo três turnos de trabalho. Além disso, o VLT seria construído por meio de concessão, livrando o Estado do investimento.

O parlamentar explicou que o VLT prevê 40 quilômetros de extensão, enquanto o BRT deverá ter apenas 20. Outro ponto é a desapropriação. Para a construção do corredor de ônibus seria necessário expropriar inúmeras propriedades, principalmente no centro de Cuiabá, já com o VLT o número seria muito menor, fato que também desonera o Estado.

“Só analfabeto para achar que o VLT não é viável. Se o mundo ta abolindo o BRT, porque vamos andar para atrás?”, questiona Riva.