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NOTÍCIA

Japão mostra "plena confiança" na gestão da Jordânia sobre reféns

Data: Quinta-feira, 29/01/2015 00:00
Fonte: EFE - Agencia EFE

 

O governo japonês expressou nesta quinta-feira sua "plena confiança" nas gestões realizadas pela Jordânia para conseguir a libertação do jornalista japonês e do piloto jordaniano sequestrados pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).


"Já que se trata de uma situação que está em andamento, não posso comentar os detalhes. Japão e Jordânia estão tratando o assunto a partir de uma relação de plena e absoluta confiança", afirmou o ministro porta-voz do Executivo japonês, Yoshihide Suga, em entrevista coletiva .


"Só posso dizer que o nível de confiança entre ambos países é muito alto", recalcou Suga ao ser perguntado sobre se o refém japonês, o jornalista Kenji Goto, seria incluído em um possível troca de prisioneiros entre o grupo jihadista e Amã.


Enquanto se aproxima o final do novo prazo fixado pelo EI, o Executivo japonês manteve hoje outra reunião de emergência para tratar a crise e manter sua "estreita comunicação" com os países envolvidos, com chefes de grupos étnicos na zona e com líderes religiosos, explicou Suga.


O EI divulgou na terça-feira um ultimato de 24 horas no qual ameaça matar o sequestrado japonês e o piloto jordaniano, Moaz Kasasbeh, se não for libertada a terrorista iraquiana Sayida al Rishawi, presa na Jordânia.


O grupo jihadista voltou hoje a fixar um novo prazo que põe como limite "o pôr do sol, hora de Mossul" para executar Goto e Kasasbeh se não forem cumpridas suas exigências, o que ocorreria por volta da meia-noite do Japão (13h, em Brasília), segundo assinalou um porta-voz do Executivo japonês.


O governo jordaniano, por sua parte, assinalou nesta quarta-feira sua disposição a libertar à terrorista iraquiano se o grupo jihadista deixa em liberdade e "a salvo" ao piloto jordaniano, do que no entanto por enquanto não parece que haja provas que segue com vida.


O porta-voz governamental jordaniano, Mohammed al Momani, explicou em comunicado que sua prioridade é garantir a sobrevivência do piloto, por isso que libertarão a terrorista se o soldado retornar "a salvo".


"Nossa prioridade é (o piloto) Moaz Kasasbeh", disse hoje o porta-voz das Forças Armadas jordanianas, o coronel Mamduh Amiri, em um breve comunicado onde acrescenta que as autoridades jordanianas continuam analisando a última gravação divulgada pelo EI.


Rishawi está presa na Jordânia desde 2005 por participar do atentado mais sangrento da história recente do país, que não chegou a efetuar porque o cinto de explosivos que carregava falhou.

 

 
EFE