"Ele foi primeiro para o Silval, porque ele era do PMDB, e disse que não aprovaria as contas se não tivesse esse recurso para fazer a distribuição. [...] Ele recebeu o dinheiro e fez o depósito dessas contas"
“O deputado Daltinho estava substituindo o deputado Maksuês, para aprovar as contas de governo em um determinado ano... em 2010... Tem que ver essas datas corretamente, mas foram feitos compromissos. Ele exigiu naquela época R$ 2 milhões para aprovar as contas de governo, porque veio, naquela época, do Tribunal de Contas do Estado, meio quadrada a bola. Mas a Assembleia é que aprovava as contas lá no final”, disse Eder.
No vídeo do depoimento de Eder ao MPE, ao qual o MidiaNews teve acesso com exclusividade, o ex-secretário afirma que o deputado, que na ocasião era relator das contas do governo e filiado ao PMDB, foi diretamente até Silval para exigir o montante para si e outros colegas.
"Eu tenho as contas"
“Ele foi primeiro para o Silval, porque ele era do PMDB, e disse que não aprovaria as contas se não tivesse esse recurso para fazer a distribuição. Eu tenho as contas relacionadas que ele me passou para fazer o depósito. Ele recebeu o dinheiro e fez o depósito dessas contas”.
Segundo o ex-secretário, Daltinho chegou a procurá-lo na Secretaria de Fazenda, para que os pagamentos fossem efetuados.
Conforme Eder, as contas relacionadas por Daltinho para receberem os depósitos seriam de postos de combustível e fornecedores de Barra do Garças, incluindo combustíveis de avião.
Os depósitos, segundo ele, foram feitos pode meio de uma empreiteira alvo da investigação da Polícia Federal, a Encomind, e de uma factoring liga a Júnior Mendonça, epicentro da Operação Ararath.
"Ele [Daltinho] exigiu naquela época R$ 2 milhões para aprovar as contas de governo, porque veio, naquela época, do Tribunal [de Contas do Estado] meio quadrada a bola. Mas a AL é que aprovava as contas lá no final"