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NOTÍCIA

Setor de florestas plantadas de Mato Grosso ainda carece de políticas públicas

Data: Quarta-feira, 26/11/2014 00:00
Fonte: ASCOM FAMATO


 

Maior produtor de teca do país, com uma área de 64,82 mil hectares (ha), e com destaque também na produção de eucalipto (187,09 mil ha), segundo o Diagnóstico de Florestadas Plantadas de Mato Grosso divulgado neste ano pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), o Estado tem enorme potencial para ampliar o plantio de florestas. Apesar disso, faltam políticas públicas para desenvolver o setor, conforme avaliação dos participantes do 10º Encontro de Reflorestadores de Mato Grosso (Florestar), realizado terça-feira (25/11) pela Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta). O evento, que contou com a participação da Famato, encerrou hoje (26/11) com um dia de campo em empresas de madeira, laminados, máquinas e equipamentos florestais.

 

De acordo com o presidente da Arefloresta, Fausto Takizawa, o mercado de florestas plantadas em Mato Grosso abre inúmeras oportunidades todos os anos. “Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos sete anos a produção mato-grossense aumentou 400%. Além do eucalipto e da teca, que já estão consolidados, o mercado de mogno africano, o pinho cuiabano e o pau-de-balsa também estão crescendo”, destaca Takizawa.

 

No evento também foi apresentado o Programa de Desenvolvimento Florestal Sustentável de Mato Grosso (PDFS-MT), estudo desenvolvido pela STCP Engenharia a pedido da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) e do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem). O trabalho foi desenvolvido para servir de parâmetro para novas políticas públicas para a área. “Este estudo traçou estratégias e prioridades para o desenvolvimento do setor florestal no Estado, entre as principais podemos elencar atração de investidores e implantação de indústrias. A perspectiva para o setor é bastante positiva, porém seu desenvolvimento depende de políticas públicas eficazes”, afirma o consultor da STCP, Jeferson Garcia.

 

A logística também é um dos pontos que emperram o crescimento do setor. Conforme dados do Diagnóstico de Florestas Plantadas de Mato Grosso, cerca de 73% dos produtores entrevistados alegaram que o alto custo do transporte afeta as negociações e influencia o preço final do produto. “Isso influencia não só o ganho do produtor, mas também novos investimentos e a instalação de indústrias, o que é prejudicial para toda a cadeia”, pontua a analista de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Famato, Karine Machado, que representou a entidade no evento.