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NOTÍCIA

Medeiros quer MPF investigando coordenador de Taques que mudou depoimento

osé Medeiros, policial rodoviário federal diplomado como primeiro suplente de Pedro Taques

Data: Segunda-feira, 10/11/2014 00:00
Fonte: Olhar Direto/ Raoni Ricci

O primeiro suplente do senador Pero Taques (PDT), o policial rodoviário federal, José Medeiros (PPS), quer o Ministério Público Federal (MPF) investigando a postura do coordenador da coligação ‘Mato Grosso melhor pra você’, de 2010, José Carlos Dorte, acusado de mudar um depoimento para beneficiar o empresário Paulo Fiúza (SD). Segundo suplente, Fiúza tenta na justiça anular a ata e o registro de Medeiros para assumir a vaga do pedetista no Senado. 


Medeiros representou contra Dorte no MPF sob a alegação de falso testemunho. De acordo com o advogado Zaid Arbid, que defende Medeiros, o então coordenador da coligação deu versões totalmente opostas sobre a suposta falsidade da ata de registro de candidatura do parlamentar. “Na ação movida pelo ex-candidato Carlos Abicalil (PT), que queria cassar Taques, o coordenador garantiu que o documento registrado no TRE onde consta Medeiros como primeiro suplente é original, e na ação movida por Fiúza pra trocar a ordem dos suplentes, ele deu outra versão”, assinalou o advogado. 


O caso deve voltar à pauta do TRE, nesta semana, após um pedido de vistas da desembargadora Maria Helena Póvoas. O relator André Pozetti votou mantendo sua decisão monocrática pela extinção da ação. Na representação no MPF, a defesa de Medeiros lembrou que em 2011 Dorte afirmou taxativamente, em depoimento ao juiz Luis Aparecido Bertolucci, da 54ª Zona Eleitoral de Cuiabá, que o documento registrado junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), tendo o policial rodoviário federal José de Medeiros (PPS) como primeiro suplente na chapa é oficial e original.


No depoimento gravado em vídeo, o juiz mostra a íntegra do documento ao coordenador, que reconhece cada assinatura, rubrica e o conteúdo do documento. Dorte, surpreendentemente garante a autenticidade da ata, página por página. 


“Causa indignação e perplexidade o fato de José Carlos Dorte não mais reconhecer como suas as rubricas e assinaturas na ata constanta das fls [...], Juíza da 54ª Zona Eleitoral, quando em, data de 10 outubro de 2011, afirmou ser verdadeira, para, depois, em confronto com essa afirmação, admiti-la como produto de possível fraude”, escreveu Zaid.