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NOTÍCIA

Meninos processam Malásia por perda do pai no voo MH370

Pai de garotos de 13 e 11 anos de idade era uma das 239 pessoas a bordo do avião da Malaysia Airlines, que desapareceu em março, sem deixar pistas

Data: Sábado, 01/11/2014 00:00
Fonte: Veja. Abril

 MH370: equipes divulgam novas imagens das áreas de busca

MH370: equipes divulgam novas imagens das áreas de busca - Reprodução/VEJA

 

Duas crianças moveram uma ação judicial contra três órgãos do governo malaio e contra a companhia aérea Malaysia Airlines pelo desaparecimento do voo MH370, ocorrido em 8 de março. Jee Kinson, de 13 anos, e Jee Kinnland, de 11 anos, acusam as agências de aviação civil e de imigração da Malásia, e também o chefe da Força Aérea do país de serem os responsáveis pela tragédia. Os meninos perderam o pai, Jin Jing Hang, no desastre e, por serem menores de idade, são representados na Justiça pela mãe, Ng Pearl Ming.

 

Na ação, a Malaysia Airlines é acusada de ter rompido o compromisso de garantir ao pai um voo seguro – o voo saiu de Kuala Lumpur, na Malásia, rumo a Pequim, na China, onde nunca chegou. A aviação civil da Malásia é processada por não ter realizado as ações necessárias após a perda de contato com os pilotos do avião. Segundo a acusação, o órgão foi incapaz de procurar o MH370 logo após a aeronave desaparecer dos radares.

 

A agência de imigração também foi citada por ter falhado na tarefa de garantir a segurança dos passageiros, uma vez que pessoas com uma identificação falsa conseguiram embarcar no avião. Dois cidadãos iranianos que usavam passaportes italiano e austríaco estavam na aeronave. Eles tinham o objetivo de entrar ilegalmente na Alemanha. Apesar das suspeitas iniciais, as autoridades descartaram qualquer possibilidade de os iranianos terem cometido um atentado terrorista contra o MH370.

 

Já o chefe da Força Aérea é visto como culpado por negligenciar a investigação de um voo não identificado, que poderia ser o MH370, depois de detectá-lo. O governo malaio foi incluído na ação por ser o empregador e coordenador dos órgãos citados. Segundo a rede CNN, o diretor da aviação civil malaia, Azharuddin Abdul Rahman, disse que ficou sabendo da ação por meio da imprensa. “Nós apenas lemos sobre isso na internet e ainda não recebemos nada oficial”.


Com o auxílio de empresas privadas, os governos da Malásia, China e Austrália ainda procuram vestígios do MH370 no Oceano Índico. Uma nova etapa dos trabalhos foi iniciada este mês no Oceano Índico.