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NOTÍCIA

"Estado tem que eleger prioridade", diz Pivetta sobre cortes

Coordenador de transição minimizou críticas sobre enxugamento de staff de Pedro Taques

Data: Domingo, 26/10/2014 00:00
Fonte: MIDIA NEWS/ DOUGLAS TRIELLI

 

Tony Ribeiro/MidiaNews

O prefeito de Lucas, Otaviano Pivetta, que afirmou que enxugamento de staff ainda não está decidido

 
O coordenador de transição do governador eleito Pedro Taques (PDT), prefeito Otaviano Pivetta (PDT), minimizou as críticas nas últimas semanas, após o anúncio de propostas de extinção e fusão de uma série de secretarias, no contexto de uma reforma administrativa no futuro Governo de Mato Grosso.


O prefeito licenciado de Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte de Cuiabá) observou que o enxugamento do staff ainda não está decidido e as questões vão passar por Taques e pela Assembleia Legislativa.


“Não tem nada decidido ainda, o projeto será encaminhado pelo governador à Assembleia, e a decisão sai após o posicionamento dos deputados. O que posso falar é que queremos diminuir sensivelmente o tamanho da máquina e fazer uma economia ao redor de 20% com custeio”, disse.


Entre possíveis mudanças mais criticadas está a da possível extinção da Secretaria de Cultura, que deve ser incluída numa nova pasta, a Secretaria de Estado de Cidades e Desenvolvimento Regional (Secid), que também abarcaria outras pastas, como a de Turismo.


Para Pivetta, o Estado precisa “eleger prioridades”. Além disso, afirmou que ter ou não uma secretaria não irá resolver os “problemas” do setor.


“Não tem que chiar, porque não vai deixar de haver Cultura. O problema não é falta de uma secretaria, mas, sim, de políticas públicas para a Cultura. O Estado tem que ser indutor, tem que ser uma agência ágil e captar recursos para área de fomento e repassar os projetos culturais de interesse da sociedade aos municípios”, afirmou.


“O Estado tem que eleger prioridade. Por exemplo, cada município tem suas origens, sua formação cultural. Tem regiões, como a baixada cuiabana, que tem uma cultura muito forte da cuiabania. Cabe a Cuiabá e região fomentarem essa cultura e massificar, para que todos da sociedade se sirvam disso”, disse.


Pivetta ainda ressaltou a importância da Casa Civil no próximo governo, mas negou a possível concentração de poder na pasta.


“A Casa Civil vai ser uma secretaria importante, que tem como principal função se relacionar com outros poderes e outros atributos que será dado a essa nova estrutura, como a Comunicação. Mas poderes quem tem é quem tem voto e o governador foi eleito e é ele que tem o poder”, disse.


“Então, superpoderes ficam com o governador. Aliás, ele é muito firme e não terceiriza decisão. Conheço o Pedro há muito tempo e sei que ele tem prazer em ser a última palavra. Ele sabe exercer autoridade”, afirmou.


Possíveis irregularidades

O coordenador de transição governamental afirmou que sua equipe é responsável apenas para apontar a saúde financeira do Estado.


Ele negou uma “Caça às bruxas” em relação a gestão do governador Silval Barbosa (PMDB).


“O Estado tem quem fiscaliza irregularidades, como o Tribunal de Contas, Ministério Público, a própria Assembleia. A nossa incumbência é fazer a transição governamental, não é para fazer investigação e não temos ninguém da Polícia, no nosso grupo. O que vamos fazer é a leitura da situação do Estado e compilar esses dados”, disse.


De acordo com Pivetta, os dados completos devem ser obtidos até o dia 10 de novembro. Em seguida, o grupo irá fazer o planejamento de governo até o dia 30 de novembro, quando Taques irá começar a montar sua equipe de secretários e a planejar os primeiros atos da gestão.


“Estamos colhendo experiências nas mais diversas áreas de outros estados da federação, estamos trabalhando com ênfase no Estado servidor e enxuto que possa gastar pouco no seu custeio e sobrar recursos para atender a sociedade”, completou.