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TCE investiga funcionária que recebia R$ 9 mil e dava aula de ginástica em casa de conselheiro

Alessandra Evangelista foi exonerada nesta terça-feira. O Tribunal de Contas abriu sindicância para investigar o caso.

Data: Quarta-feira, 22/10/2014 00:00
Fonte: G1. Globo/ Bom Dia Brasil

  


No Rio de Janeiro, o Tribunal de Contas do Estado vai investigar uma denúncia contra uma funcionária que recebia salário de mais de R$ 9 mil. Só que o trabalho dela era dar aulas de ginástica na casa de um conselheiro do Tribunal.


Alessandra Pereira Evangelista dava expediente todo dia na casa do conselheiro Júlio Lambertson Rabello, e não no Tribunal de Contas do Estado, segundo a reportagem publicada nesta terça-feira (21) pelo jornal O Dia.


Sua tarefa era dar aulas de educação física ao conselheiro e à mulher dele. Mas Alessandra recebia R$ 9.547 por mês como assistente de gabinete no TCE.


Ela havia sido contratada para o Tribunal em maio de 2010 pelo próprio conselheiro. Recebeu ao todo 57 salários, em um total de mais de R$ 500 mil.


A professora não foi encontrada nessa terça-feira e o conselheiro Júlio não quis dar entrevista, mas o cinegrafista do Bom Dia Brasil registrou uma troca de mensagens entre os dois, durante a sessão desta terça-feira no Tribunal.


Alessandra mencionava a divulgação do caso pela imprensa. "Dr. Júlio, acabou de dar a notícia no RJTV. Só meu nome, sem foto", diz a mensagem no celular.


E o conselheiro respondeu: "Tá em todo lugar".


Júlio Rabello parecia nervoso e fez um bilhete para outro conselheiro. Ele escreveu: "A Srta. Alessandra é minha contratada, trabalhava em ambos os lugares, minha casa e Tribunal, o que se provará".


Em outra mensagem disse apenas: "Estou em sessão e já te ligo, se sobreviver".


Alessandra Evangelista foi exonerada nesta terça-feira. O Tribunal de Contas abriu sindicância para investigar o caso.


"Ao fim dessa sindicância, se comprovado o fato, vai ser encaminhado ao Ministério Público Federal, que é o titular de uma ação penal, ação de improbidade administrativa com relação ao conselheiro", afirma Jonas Lopes de Carvalho, presidente do TCE/RJ.