Estes quatro países europeus tiveram, entre Janeiro e Agosto deste ano, uma relação comercial directa com três destas serralheiras, segundo uma investigação do Greenpeace.
As empresas identificadas pela ONG foram a Rainbow Trading Importação e Exportação Ltda., Comercial de Madeiras Odani Ltda., e Sabugy Madeira Ltda.
«A Rainbow Trading exporta para França e a Odani é uma subcontratada da Rainbow», explicou a porta-voz do Greenpeace, Marina Lacorte.
A investigação do Greenpeace - que escondeu aparelhos de GPS debaixo dos camiões que transportam madeira para vigiar o seu trajecto - revelou, ainda, «que os documentos oficiais não são nem sequer capazes de garantir a origem legal da madeira».
Em 2006, o ministério do Ambiente transferiu a responsabilidade da exploração florestal para os Estados, que “fecham os olhos” e chegam até mesmo a incentivar a actividade, avaliou Lacorte.
Segundo dados do Instituto Imazon, entre Agosto de 2011 e Julho de 2012, 78% das regiões de actividade florestal no Pará não tinham autorização para cortar madeira.
A madeira de ipê, muito cobiçada na Europa sobretudo para construir deques de piscinas, pode chegar a custar 3.200 dólares o metro quadrado.
O Greenpeace pediu ao governo brasileiro que reveja todas as autorizações entregues desde 2006 às madeireiras e para retomar o controlo da actividade.