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NOTÍCIA

'Não' vence plebiscito e Escócia continua a fazer parte do Reino Unido

O atual governo conservador e os outros partidos que defendiam a união podem respirar aliviados. O Reino Unido fica como está.

Data: Sexta-feira, 19/09/2014 00:00
Fonte: G1. Globo/ Bom Dia Brasil

O reino da Rainha Elizabeth II permanece unido. O ‘não’ venceu o plebiscito e a Escócia não vai se separar. O atual governo conservador e os outros partidos que defendiam a união podem respirar aliviados. O Reino Unido fica como está: com Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.


É oficial: a Escócia fica. O anúncio saiu às 6h08, horário de Londres, pouco depois das 2h, horário de Brasília.


Foi uma vitória convincente 55% da população votaram pela união. E 45%, pela independência.


Glasgow, a maior cidade escocesa, quis a separação. Já Edimburgo, a capital, rejeitou a ideia de uma Escócia independente. O comparecimento de quase 85% dos eleitores é um recorde histórico.


O líder nacionalista, Alex Salmond, reconheceu a derrota. Pediu que os escoceses aceitem o resultado e que sigam em frente, juntos. O chefe da campanha do ‘não’, o ex-ministro das Finanças, Alistair Darling, comemorou: “Nós escolhemos a unidade em vez da divisão”. O primeiro-ministro, David Cameron, também demonstrou alívio. Ele não vai mais entrar para a história como o líder que perdeu a Escócia.


David Cameron garantiu que vai manter a promessa feita em campanha de conceder mais autonomia ao Parlamento escocês. Mas avisou também que quer encontrar um acordo equilibrado, que seja justo para os escoceses mas também para o resto do Reino Unido.


O desafio mais urgente agora é reconciliar uma Escócia dividida. Mas, antes, uma pequena pausa para celebrar o processo democrático.


Agora, vem a pergunta: O que fazer? O que o primeiro-ministro David Cameron e seu governo, em Londres, têm que fazer imediatamente? O que prometeram. Dar ainda mais poderes ao Parlamento escocês em Edimburgo.


Esse processo não pode demorar. Uma comissão vai fazer um relatório de urgência, com prazo curto para estudar a transferência de poderes em saúde, educação, impostos e outras áreas. A vitória do ‘não’ vale por uma geração, disseram os comentaristas. O assunto um dia vai voltar.