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NOTÍCIA

Ideb de MT revela queda no ensino médio e não alcança a meta de 3,7

Segundo a secretária da Seduc, Rosa Neide, a formulação do índice varia dependendo da realidade

Data: Sábado, 06/09/2014 00:00
Fonte: RDnews/ Jacques Gosch

O Ministério da Educação divulga, nesta sexta (5), o índice de desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os números mostram que Mato Grosso apresentou evolução no ciclo inicial do ensino fundamental (1º ao 5º ano), mas caiu no ciclo final (6º ao 9º ano) e no ensino médio (confira aqui). 


Os indíces mostram que em relação ao levantamento de 2011, Mato Grosso perdeu oito posições, passado da 16ª para a 24ª posição. A nota geral caiu de 3,1 para 2,7, numa variação negativa de 12%.


No ciclo inicial do ensino fundamental, o Estado saiu de 5,1 pontos em 2011, para 5,3 neste ano. A meta estipulada de 4,7 foi superada pelos índices registrados. Já no ciclo final do ensino fundamental ficou em 4,4 pontos em 2013, o que representa queda em relação a 2011, quando o índice atingiu 4,5. Ainda assim, ficou acima da meta estabelecida em 3,9.


No ensino médio, o índice caiu de 3,3 pontos em 2011, para 3 no resultado referente a 2013. Neste caso, a meta proposta de 3,7 não foi atingida. De todo modo, neste ano, o Brasil superou as metas na Educação propostas pelo MEC para serem alcançadas no ciclo inicial do ensino fundamental. Entretanto, ficou abaixo da meta projetada no ciclo final do ensino fundamental e no ensino médio.


Nos anos iniciais, o Ideb registrado em 2013 foi de 5,2 pontos. O número está acima do índice de 2011 (5,0) e também da meta projetada pelo MEC (4,9). Nos anos finais do ensino fundamental, o Ideb foi de 4,2 pontos. Na edição anterior chegou a 4,1. Ainda assim, está abaixo da meta de 4,4 esperada em 2013. No ensino médio, o Ideb registrado em âmbito nacional foi de 3,7 pontos, o mesmo registrado em 2011.


Indicador geral

O Ideb é um indicador geral da educação nas redes pública e privada do Brasil. Criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) considera dois fatores com interferência na qualidade da Educação. Um deles é o rendimento escolar que inclui taxas de aprovação, reprovação e evasão escolar. O outro são as médias de desempenho na Prova Brasil com escala de 0 a 10. Assim, para os índices aumentarem, os alunos precisam aprender o conteúdo, não repetir e permanecer na escola.


A Prova Brasil avalia o desempenho de estudantes em língua portuguesa e matemática no final dos ciclos do ensino fundamental, de 4ª série (5º ano) e 8ª série (9º ano), além do terceiro ano do ensino médio. O índice é divulgado a cada dois anos e tem metas projetadas até 2022.


Realidades Diferentes

A secretaria estadual de Educação, Rosa Neide Sandes (PT), afirma que a formulação do índice é complicada por igualar com a mesma nota realidades diferentes. “Em Mato Grosso temos escolas da cidade e do campo, indígenas e quilombolas, no municípios pequenos e grandes, nos centros e nas periferias”.


Segundo a secretária, para evitar distorções nos índices são necessárias estratégias metodológicas e científicas muito fortes.  “No ensino médio, por exemplo, nos últimos 10 anos, Mato Grosso saiu da 26ª para a 10ª colocação entre os estados brasileiros”, conclui.