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NOTÍCIA

Estudante encontra bebê em caixa de papelão em rua de Brasília

A menina ainda estava com o cordão umbilical. A polícia analisa imagens das câmeras de segurança para tentar identificar quem abandonou o bebê.

Data: Sexta-feira, 08/08/2014 00:00
Fonte: G1. Globo/ Bom Dia Brasil

  

 


Um estudante de Brasília fez uma descoberta única na vida dele no caminho de casa. O Jonathan encontrou uma caixa de papel perto de um ponto de ônibus e viu que cachorros perto estavam agitados. Percebeu que havia algo lá dentro. Era um bebê. Uma menina, que ainda estava com o cordão umbilical. Ela passa bem.


Seria mais um dia como outro qualquer na vida de Jonathan. Mas, ao passar por uma rua, indo para a faculdade, ele percebeu que tinha um bebê no meio do caminho.


“Eu achei que era um animal mexendo no lixo, alguma coisa, aproximei e vi que era criança”, conta Jonathan Gassner, estudante.


O Jonathan encontrou o bebê no chão, estava em uma caixa de papelão, enrolado em pedaços de pano, perto da lixeira. Foi um choque.


“Aquele momento em que o mundo inteiro desaba dentro de você, em segundos, e você diz assim: ‘não, não tenho muito tempo para pensar, temos que agir’”, explica Jonathan.


Ele pediu ajuda para uma vizinha. Agasalharam o bebê, uma menina, e a levaram para a delegacia. Os bombeiros foram chamados, registraram todo o atendimento em fotos. Removeram o cordão umbilical e parte da placenta, que ainda estava no corpo da criança.


“Esse primeiro, vamos colocar assim, socorro que deram foi primordial, foi muito importante. Ela poderia ter tido uma hipotermia, por conta do frio”, disse Fabiano Lima, bombeiro.


A polícia analisa imagens das câmeras de segurança da rua para tentar identificar quem abandonou o bebê.


“A priori a gente está trabalhando com crime de abandono de incapaz. A sanção cominada a esse crime é de seis meses a três anos. Se em decorrência desse abandono ocorrer lesão corporal grave, de um a cinco anos de prisão”, informou o delegado Ricardo Vianna.


A Vara da Infância aguarda a investigação da polícia. A prioridade é encontrar alguém da família biológica da criança.


“Em não se conseguindo, o juiz da Vara da Infância estará cadastrando essa criança para adoção e a mesma será apresentada para uma família habilitada previamente pela própria Vara da Infância”, explicou Walter Gomes, superintendente da Vara da Infância – DF.


No hospital para onde foi levada, a criança - encontrada de manhã bem cedo - está sendo chamada de Aurora. Ela passou por exames, se alimentou e tem quadro clínico considerado bom.


Jonathan, que foi um anjo da guarda de verdade, espera que esse dia tenha mudado, definitivamente, o destino de Aurora.


“Ela teve uma segunda chance, Deus permitiu e vamos ver qual vai ser o futuro dela e que isso não afete a vida dela”, disse Jonathan.


Vida nova para Aurora. A Secretaria de Saúde informou que ela é forte, pesa pouco mais de 3 quilos e mede 47 centímetros.