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NOTÍCIA

Temer defende aliança com PT diz não acreditar em 'intrigas'

Vice-presidente da República discursou na convenção nacional do PMDB. Ala dissidente do partido, insatisfeita, quer fim da aliança com petistas.

Data: Terça-feira, 10/06/2014 00:00
Fonte: Natalia Godoy e Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
Temer e Renan Calheiros conversam antes de chegarem à convenção do PMDB, no Congresso (Foto: Natalia Godoy/G1)
Temer e Renan Calheiros conversam antes de
chegarem à convenção do PMDB, no Congresso
(Foto: Natalia Godoy/G1)

O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta terça-feira (10), em discurso durante a convenção nacional do PMDB, não acreditar que peemedebistas irão “trair” sua confiança e votar contra a aliança do partido com o PT. Segundo ele, o PMDB é formado por homens com “H maiúsculo”, que são capazes de assumir posições e cumprir com a palavra.



O partido decide nesta terça, em votação, se vai apoiar a candidatura da presidente Dilma Rousseff na eleição de outubro, mantendo a chapa atual com Michel Temer como vice-presidente. Ala dissidente da sigla é contra reeditar a aliança e acredita que o voto secreto na conveção pode ajudar a derrubar a chapa Dilma-Temer.


“Alguns me dizem, olha, esse grupo vai te trair. Isso não é verdade. O PMDB sempre foi composto de homens com H maiúsculo. Homens que são capazes de dizer, ao lado das mulheres, o que realmente pensam”, disse Temer.


“Não acredito nessas intrigas que me chegaram, tenho convicção de que aqueles que me disseram que iriam me apoiar vão continuar apoiando”, completou o vice-presidente.


Mais cedo, ao chegar para a convenção, no Senado, Temer disse que se o PMDB ratificar a parceria com o PT por 51% dos votos já "está bom".

 

A expectativa, de acordo com a cúpula do partido, é de que a aliança com o PT receba o apoio de 70% dos peemedebistas. Já a ala dissidente do PMDB prevê uma disputa mais apertada, com votos de pelo menos 40% da sigla pela ruptura da aliança.


Esse grupo alega que o governo Dilma não incluiu o PMDB nas decisões de governo e critica a postura do PT de priorizar candidaturas próprias nos estados, em vez de formar coligações em algumas regiões com candidatos peemedebistas. A presidente vai comparecer à convenção por volta das 15h, quando os votos tiverem sido apurados.


Temer afirmou ainda, no discurso, que a parceria com o PT no governo federal “vai continuar a ser útil para o país”. “A aliança que estamos fazendo neste momento, abre portas para que um dia o PMDB ocupe todos os espaços políticos desse país para o bem dos brasileiros”, afirmou.


Antes da fala do vice-presidente da República, o presidente interino do PMDB, senador Valdir Raupp(RO), disse perceber que o partido está “mobilizado e entusiasmado para reeditar a chapa Temer-Dilma”.


Raupp apresentou aspropostas da sigla para um eventual segundo mandato da presidente, entre elas a reforma política, escola integral até a conclusão do ensino médio, utilização de 10% das receitas correntes brutas da união para a saúde e melhoria na infraestrutura logística para escoar mercadorias.